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GT1: Sociologia e diálogos interdisciplinares
- Descrição: Não é novidade que a Sociologia, enquanto campo autônomo da ciência, tem dialogado, desde sua emergência, com uma série de outras áreas do conhecimento científico, não se restringindo apenas ao debate entre disciplinas das ciências humanas. Em razão de suas múltiplas matrizes epistemológicas, teóricas e metodológicas, bem como de seu vasto conjunto de conceitos e categorias analíticas, a Sociologia tem se mostrado uma base consistente e fértil para estudos e pesquisas que extrapolam suas fronteiras disciplinares, alcançando campos como a psicologia, a administração, a economia, as ciências da saúde, entre outros. Nesse sentido, é importante ressaltar a potência da Sociologia para investigações que não se limitam ao âmbito da própria disciplina, evidenciando o quanto seu instrumental crítico e interpretativo contribui à análise de fenômenos sociais complexos que exigem abordagens interdisciplinares. Ao articular diferentes perspectivas e promover o diálogo entre saberes, a Sociologia amplia as possibilidades de análise e intervenção sobre os problemas contemporâneos, oferecendo subsídios fundamentais para pensar questões que envolvem desigualdades sociais, transformações culturais, relações de poder, dinâmicas institucionais e impactos das inovações tecnológicas na vida coletiva. Logo, reconhecer a relevância da Sociologia para outros campos do conhecimento não apenas reafirma seu caráter transversal e abrangente, mas também reforça seu papel estratégico na produção de conhecimento crítico e na construção de respostas socialmente situadas diante dos desafios que se impõem às sociedades contemporâneas. Frente ao exposto, o presente GT busca aglutinar trabalhos das mais variadas áreas do conhecimento científico que têm na sociologia um suporte, seja epistemológico, teórico ou metodológico, contribuindo, portanto, ao debate interdisciplinar entre a Sociologia e outras disciplinas.
- Coordenação: Gabriel Bandeira Coelho (UFRGS); Everton Garcia da Costa (UFRGS); Alice Hubner Franz (FURG).
- Formato: Presencial
GT3: Movimentos sociais e protestos na América Latina: disputas por poder e justiça social
- Descrição: Este GT possui o objetivo de contribuir para o debate de pesquisas de temáticas que giram em torno das ações ligadas a movimentos sociais na América Latina. Busca-se refletir sobre como sujeitos coletivos — rurais e urbanos, tradicionais e emergentes, progressistas e conservadores — atuam frente a processos políticos em disputa, desigualdade históricas e novas formas de opressão. O GT acolhe estudos que abordem estratégias de resistência, repertórios de ação, disputas por legitimidade e discursos, bem como a repressão institucional e a violência direcionada a lideranças sociais e movimentos. Além disso, interessa analisar como esses conflitos se intensificam em contextos marcados por crises ambientais, avanço de agendas autoritárias, criminalização dos protestos e precarização das condições de vida. Com isso, pretende-se valorizar abordagens críticas e interdisciplinares, com abertura a diferentes métodos de pesquisa.
- Coordenação: Carla Michele Rech (UFPel); Murilo Lima Brum (UFPel); Roberta do Prá Alano (UFPel).
- Formato: Híbrido.
- Descrição: O Grupo de Trabalho tem como objetivo central a discussão de pesquisas e práticas sobre o Ensino de Sociologia na educação básica a partir da intersecção do debate teórico e metodológico das Ciências Sociais e da Educação. A relevância do tema está atrelada ao papel das Ciências Sociais na formação de professores, nos processos escolares e no desenvolvimento do pensamento social crítico, elementar para a formação de uma cidadania ativa e democrática. Desse modo, a constituição de um espaço de debate teórico, metodológico e prático que reúna os agentes que trabalham com o tema torna-se estratégico para fomentar a qualificação dos participantes, tendo em vista as possibilidades de trocas acadêmicas e escolares.
- Coordenação: Francisco dos Santos Kieling (UFPel); Vera Lucia dos Santos Schwarz (UFPel); Analisa Zorzi (UFPel).
- Formato: Presencial.
GT5: Zonas Cinzentas da Sustentabilidade: Sociologia da Crise Climática no Sul Global
- Descrição: Às vésperas da COP30, cresce a urgência de repensar sociologicamente as promessas de transição para uma economia verde do capitalismo global. Este Grupo de Trabalho propõe discutir como essas políticas impactam de forma desigual territórios historicamente marginalizados, onde a crise ambiental se manifesta com maior intensidade, como periferias urbanas, ocupações precárias, comunidades tradicionais, povos indígenas, quilombolas e trabalhadores da economia informal no Sul Global. Interessam-nos especialmente os sujeitos invisibilizados pelos discursos climáticos dominantes — catadores, sem-terra, moradores de rua, trabalhadores precarizados, povos tradicionais, comunidades marginais, entre tantos outros — que constroem saberes e práticas capazes de tensionar o modelo centralizador da sustentabilidade. Frente à intensificação da crise climática e ao avanço de discursos anticientíficos e autoritários, buscamos refletir sobre os limites das atuais políticas ambientais, as disputas entre mercado e justiça ambiental, e as alternativas gestadas por movimentos sociais, tecnologias sustentáveis e formas solidárias de organização econômica. O GT acolhe pesquisas teóricas e empíricas de sociologia, antropologia, ciência política e ecologia política, voltadas a compreender criticamente as desigualdades socioambientais contemporâneas e a pensar caminhos de justiça climática a partir do Sul Global.
- Coordenação: William Gómez (UFPel); Sandro Ari Andrade de Miranda (Faculdade João Paulo II); Àrleson Costa (UFPel); Sandro Adams (UFPel).
- Formato: Virtual.
- Descrição: Desde pelo menos a década de 1970 a tecnologia vem se consolidando como um objeto de análise da sociologia, deixando para trás seu caráter de objetos transparentes intermediários pelos quais as ações sociais podem ser materializadas. Estudos Sociais da Ciência e da Tecnologia, Construtivismo Social, Teoria do Ator-Rede, dentre outras, são abordagens teórico-metodológicas que tomam os objetos técnicos, os conjuntos técnicos e as relações tecnologicamente mediadas como objetos da análise sociológica. A presente proposta busca acolher pesquisas de diferentes abordagens metodológicas e teóricas que tenham na transversalidade dos aparatos técnicos nas mais diversas esferas da vida contemporânea o ator social privilegiado para compreensão das complexidades dos atuais arranjos sociotécnicos. Pesquisas concluídas ou em andamento que versem acerca implementação de tecnologias na agricultura, educação, arte, saúde, espaço urbano, mundo do trabalho, tecnologias digitais, crise climática, nas formas de descrição do capitalismo contemporâneo (plaformizado, vigilância, algorítmico, tecnofeudal); na relação com distintos marcadores sociais da diferença como classe, raça, gênero, idade, deficiência, origem (interseccionalidade) serão bem-vindos.
- Coordenação: Rafael da Silva Malhão (UFPel); Federico Testa (University of East Anglia).
- Formato: Híbrido.
- Descrição: A sociologia pode trazer novas contribuições e indagações sobre as relações entre arte e sociedade. Assim, o universo das artes, composto por diversas categorias, movimentos e instituições que produzem diversas práticas, pode ser visibilizado a partir de múltiplas perspectivas teóricas. A obra “Dialética do Esclarecimento” de Theodor W. Adorno e Max Horkheimer (1947), por exemplo, alertava sobre como o modo de produção capitalista vinha influenciando as práticas artísticas, submetendo-as a uma lógica mercantil, atribuído à conformação da indústria cultural. Por sua vez, “O valor da obra de arte” de Alain Quemin (2014) coloca a produção artística em ligação com o mercado, as instituições e a sociedade. Este GT propõe um espaço de debate e reflexão sobre as formas contemporâneas da arte, em um sentido múltiplo e diverso, que possa auxiliar na compreensão de mudanças e emergências, considerando a complexidade dos fenômenos sociais e culturais, desde abordagens metodológicas múltiplas, tais como estudos de caso, análises de trajetórias, pesquisas estatísticas e observação de manifestações artísticas.
- Coordenação: Pedro Robertt (UFPel); Jair J. Gauna Quiroz (UFPel); Pedro Darlan (UFPel); Tainá Cardozo (UFPel).
- Formato: Presencial.
GT8: Economia e Moral: Sentidos Sociais, Valores e Desigualdades
- Descrição: Este Grupo de Trabalho (GT) acolhe trabalhos que explorem as interseções entre a Sociologia Econômica e a Sociologia da Moral, com foco em práticas, valores e julgamentos que são constitutivos e moldam a vida cotidiana. Serão especialmente bem-vindas análises sobre moralidades econômicas, conflitos normativos, finanças cotidianas, consumo, trabalho, desigualdades e regimes de valoração. Neste sentido, o presente GT busca agregar tanto análises teóricas quanto pesquisas empíricas que contribuam para os debates sobre as relações entre as dimensões econômica e moral do mundo social. Assim, interessa-nos refletir sobre como mercados e agentes econômicos são permeados por disputas morais e sentidos sociais.
- Coordenação: Elaine da Silveira Leite (UFPel); Marciele Agosta de Vasconcellos (UFPel); Eduarda Marina Wiedemann (UFPel); Roberta Ness (UFPel).
- Formato: Virtual.
- Descrição: Este GT tem por objetivo receber e selecionar propostas de trabalhos que discutam facetas do histórico, e mais que nunca atual, dilema das chamadas ciências da sociedade – as ciências sociais de um modo geral e, a sociologia, de modo específico – quanto ao seu estatuto, sua identidade e o seu papel na sociedade contemporânea. A sociologia e, de certo modo as ciências sociais, desenvolveu-se no decorrer do século XIX e durante boa parte do século XX buscando afirmar, por um lado, a sua cientificidade no escopo das demais disciplinas do conhecimento científico e, por outro lado, a sua necessidade de distinguir e validar as características próprias de seu objeto de conhecimento a saber; o entrelaçamento das dimensões de subjetividade e de objetividade que constitui o fenômeno social. Entretanto, a sociologia parece não ter, até os dias de hoje, estabelecidos consensos mínimos quanto ao seu próprio papel social: oscila entre uma “ciência branda” e uma filosofia social; extravia-se em fragmentos epistemológicos de distintas tradições, ao mesmo tempo em que desorienta-se entre excertos dispersos de ontologias instáveis. Ao absorver o atual entorno da Ciência do Social — marcado por pesquisas desprovidas de fundamentação teórica, por ideologias utopias e militâncias/ativismos que desconsideram o rigor científico —, parece faltar-lhe fôlego, como ocorre em outras áreas do conhecimento, para enfrentar as questões que emergem da própria sociedade enquanto fenômeno.
- Coordenação: Léo Peixoto Rodrigues (UFPel); Luã Rodrigues Silveira (UFPel); Diego Queiroz (UFPel).
- Formato: Híbrido.
GT10: Práticas Pedagógicas e Experimentações Didáticas no Ensino de Ciências Sociais
- Descrição: Este Grupo de Trabalho (GT) pretende reunir pesquisas, relatos de experiência e reflexões teórico-metodológicas sobre práticas pedagógicas e experimentações didáticas voltadas ao ensino de Ciências Sociais, sobretudo nos contextos da Educação Básica e da formação docente. Interessa-nos discutir como diferentes abordagens, estratégias e linguagens têm sido construídas e efetivadas por professores(as) e pesquisadores(as) comprometidos(as) com uma abordagem crítica, significativa e socialmente engajada. Serão bem-vindos trabalhos que versem acerca de práticas pedagógicas, sequências didáticas, oficinas, projetos interdisciplinares e metodologias participativas, incluindo análises sobre os desafios e possibilidades do ensino, da aprendizagem e da avaliação em Sociologia, Antropologia e Ciência Política no Ensino Fundamental e Médio. O GT busca debater e estimular experiências concretas e reflexões teóricas sobre o ensino e a aprendizagem de conhecimentos sociológicos, considerando as desigualdades, diversidades e os desafios políticos e estruturais presentes no cotidiano escolar e educacional do tempo presente. Priorizando um espaço de diálogos, reflexões e circulação de saberes, ambicionamos questionar limites e pensar coletivamente caminhos para um ensino de Ciências Sociais crítico, reflexivo e transformador. Ao valorizar a reflexão sobre práticas e a experimentação didática, reafirmamos as Ciências Sociais como área capaz de fomentar a imaginação sociológica, a leitura crítica do mundo e a formação de sujeitos(as) mobilizados(as) na direção de uma sociedade mais justa.
- Coordenação: Bernardo Mattes Caprara (UFRGS); Guilherme Maltez Souza (SESI/Pelotas); Isabella Sales (UFRGS); Lucas Antunes Machado (UFBA).
- Formato: Híbrido.
GT11: Interseccionalidades: Análise Crítica e Ação Social
- Descrição: Este Grupo de Trabalho propõe discutir a interseccionalidade como uma teoria social crítica em construção, capaz de articular análise crítica e ação social de forma mutuamente constitutiva. Entendemos a interseccionalidadecomo um campo dinâmico, aberto a múltiplas interpretações e vocabulários – teoria, conceito, estrutura, dispositivo heurístico –, cuja força reside justamente em sua plasticidade analítica e em seu compromisso com a transformação social. Partimos da premissa de que sistemas de opressão não operam de maneira isolada, mas se coproduzem em contextos situados, por meio das articulações entre gênero, raça, classe, sexualidade, geração, entre outras categorias. Nesse sentido, o GT se dedica a explorar como formas diversas de subordinação e resistência se entrelaçam na produção de desigualdades e nos modos de enfrentamento, tanto em práticas acadêmicas quanto em experiências políticas e coletivas. Serão acolhidos trabalhos que investiguem o uso da interseccionalidade na construção de diagnósticos sociais e na formulação de estratégias de ação, em campos como movimentos sociais, políticas públicas, epistemologias feministas e decoloniais e sociologia crítica. Nosso objetivo é fomentar um espaço de diálogo entre pesquisadoras e ativistas comprometidos com os desafios ético-políticos e metodológicos da produção de conhecimento voltada à justiça social.
- Coordenação: Marcus Vinicius Spolle (UFPel); Luciane Almeida (UFPel); Nikolas Konishi (UFPel); Johan Lose (UFPel).
- Formato: Híbrido.
GT12: Racismo, Branquitude e Políticas Públicas: Desafios para a Sociologia
- Descrição: O campo das relações raciais nas Ciências Sociais, e na Sociologia especialmente, tem consolidado importantes contribuições teóricas e empíricas no Brasil. No entanto, permanecem desafios significativos relacionados à atualização das formas de manifestação do racismo, assim como ao papel das instituições na reprodução e no enfrentamento das desigualdades raciais. Este Grupo de Trabalho visa reunir pesquisadoras(es) interessadas(os) em discutir a permanência e a transformação das hierarquias raciais no país, com especial atenção às articulações entre racismo, branquitude, movimento de mulheres, epistemologias negras e políticas públicas. O GT pretende também fomentar o diálogo entre pesquisadoras(es) de diferentes regiões e instituições, criando redes de troca e fortalecimento de agendas antirracistas no campo sociológico.
- Coordenação: Mari Cristina de Freitas Fagundes (UFPel); Cyntia Barbosa Oliveira (UFRGS); Adriana de Souza Gomes (UFPel).
- Formato: Virtual.