Por Renan Barbosa Ferreira/Superávit Caseiro

No mundo da economia pessoal, uma coisa é certa: imprevistos acontecem. Quer seja uma emergência médica, a perda de um emprego ou uma despesa inesperada, ter uma reserva de emergência pode ser a diferença entre enfrentar essas situações com segurança ou cair em dívidas. Mas como começar a montar essa reserva e quanto é realmente necessário?  O que é uma reserva de emergência?

Uma reserva de emergência é uma quantia de dinheiro guardada para cobrir despesas essenciais em situações inesperadas. Este fundo serve como um “colchão financeiro” que garante tranquilidade em momentos de crise, evitando que você tenha que recorrer a empréstimos com juros altos ou endividamento.

A quantia ideal a ser guardada pode variar conforme o estilo de vida e os compromissos financeiros de cada pessoa, mas a recomendação geral é ter o equivalente a três a seis meses de despesas mensais essenciais. Isso inclui:

– Moradia: aluguel, financiamento ou condomínio.

– Alimentação: custos com supermercado e refeições básicas.

– Transporte: gastos com combustível, transporte público ou manutenção do carro.

– Saúde: planos de saúde ou despesas com medicamentos.

– Contas essenciais: como água, luz, internet e outras contas fixas.

Por exemplo, se suas despesas mensais giram em torno de R$ 2.500, você precisaria ter entre R$ 7.500 e R$ 15.000 em sua reserva de emergência. Essa quantia garante que, em caso de uma crise financeira, você tenha tempo para reorganizar sua vida sem se endividar ou sacrificar sua qualidade de vida.

 Como começar a criar uma reserva de emergência?

1. Analise suas finanças: O primeiro passo é entender suas despesas. Faça uma planilha ou utilize aplicativos de controle financeiro para monitorar o que você ganha e o que gasta mensalmente. Isso ajuda a identificar quanto você precisa economizar.

2. Defina um valor mensal para poupar: Reserve uma quantia fixa todos os meses para seu fundo de emergência. Mesmo que seja um valor pequeno no início, como R$ 100 ou R$ 200, o importante é a consistência. Com o tempo, esse montante cresce.

3. Priorize a reserva: Trate esse dinheiro como uma conta fixa. Assim como você paga suas despesas mensais, pague também sua reserva de emergência. Se possível, configure uma transferência automática para uma conta separada.

4. Escolha o local certo para guardar: O ideal é que a reserva de emergência seja guardada em um lugar seguro e que ofereça liquidez imediata, ou seja, que permita o saque rápido quando necessário. Opções como poupança, Tesouro Selic ou contas digitais com rendimento automático são recomendadas, pois oferecem segurança e fácil acesso ao dinheiro.

5. Evite tocar na reserva: Use esse fundo somente em situações realmente urgentes. O objetivo é que ele esteja sempre disponível para imprevistos, e não para gastos comuns ou compras impulsivas.

 Benefícios de ter uma reserva de emergência

Além de proporcionar segurança financeira, a reserva de emergência evita o uso de créditos caros, como cartões de crédito ou empréstimos com juros altos, que podem agravar uma situação já difícil. Além disso, ter essa quantia guardada oferece paz de espírito, permitindo que você enfrente imprevistos sem pânico.

Referências:
Nathalia Arcuri – Me Poupe!: A importância de ter uma reserva de emergência e como construir.
Tesouro Direto – Portal Oficial: Informações sobre o Tesouro Selic e sua segurança como investimento de reserva.

Educação Financeira – Serasa: Dicas sobre quanto guardar e como começar uma reserva de emergência.
Blog da Nubank: Opções de onde guardar o fundo de emergência e benefícios da liquidez.