Por Gabriel Dombkowitsch Verissimo/Superávit Caseiro

Os fundos imobiliários têm se tornado uma opção cada vez mais popular para investidores que desejam entrar no mercado imobiliário sem os custos e as responsabilidades associadas à compra direta de imóveis. No Brasil, esse tipo de investimento é regulamentado há 30 anos pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), uma entidade autárquica vinculada ao Governo Federal. Apesar disso, muitas pessoas ainda não têm conhecimento sobre o que se tratam os FIIs e como fazer para investir neles.

O que são fundos imobiliários?

Os fundos imobiliários são veículos de investimento coletivo, em que o dinheiro de vários investidores é agrupado para comprar e gerir um portfólio diversificado de imóveis. Esses podem incluir escritórios comerciais, shoppings, galpões logísticos, hospitais, hotéis, entre outros. O fundo é administrado por uma empresa gestora, que toma decisões sobre quais imóveis adquirir, alugar, vender ou renovar.

O investimento nos FIIs acontece a partir da aquisição de cotas, fazendo com que o investidor se torne dono de uma pequena parte dos imóveis. Apesar dos rendimentos mensais, os fundos imobiliários são considerados ativos de renda variável, ou seja, possuem um risco mais alto ao investidor do que ativos de renda fixa – como poupança, CDBs e Tesouro Direto, por exemplo. Isso se dá porque o valor das cotas pode se valorizar ou desvalorizar, baseado no êxito dos investimentos realizados pelo fundo ou pela demanda pelas mesmas.

Como funcionam?

Os fundos imobiliários funcionam de forma semelhante a um fundo de investimento tradicional. Os investidores compram cotas do fundo, que representam uma fração do patrimônio total do fundo. O dinheiro investido pelos cotistas é utilizado para adquirir e gerir os imóveis. Os rendimentos gerados pelos aluguéis, venda de imóveis ou outros ganhos são distribuídos proporcionalmente aos investidores, na forma de dividendos.

A valorização das cotas dos fundos imobiliários também pode ocorrer por meio da valorização dos imóveis do portfólio. Os preços das cotas são determinados pela oferta e demanda no mercado, assim como por outros fatores, como a qualidade e a localização dos imóveis do fundo.

Como investir?

O primeiro passo para investir em fundos imobiliários é abrir uma conta em uma corretora de valores. Em seguida, o investidor pode buscar os fundos imobiliários disponíveis no mercado e analisar suas características, como tipo de imóvel, localização, taxa de administração e histórico de dividendos.

Os fundos imobiliários de maior relevância são negociados na bolsa de valores brasileira. Nesse caso, assim como as ações de empresas, cada um deles tem um ticker, que são códigos formados por letras e números que identificam o FII em questão. Uma vez que o investidor tenha decidido em qual fundo imobiliário investir, ele pode comprar as cotas por meio da corretora, utilizando os recursos disponíveis em sua conta.

Riscos

Como qualquer investimento, os fundos imobiliários também apresentam riscos que devem ser considerados. É essencial que os investidores estejam cientes desses riscos e façam uma análise adequada antes de investir. Consultar um profissional financeiro ou especialista em investimentos também pode ser útil para avaliar as opções disponíveis e tomar decisões informadas. A Comissão de Valores Imobiliários, citada anteriormente, também tem um papel importante de dar orientação financeira aos investidores, além de receber denúncias contra instituições.

Fontes consultadas: Site do Governo Federal, Revista Exame e NuInvest