Por Vitória Santos/Superávit Caseiro
Os dados da pesquisa Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PIEC) foram coletados com cerca de 2.200 consumidores.
O número de brasileiros endividados em janeiro caiu de 76,1% para 75,9% em comparação ao mesmo período do ano passado. A diferença pode parecer pequena, mas acompanhamos uma queda de 0,4% entre os meses de janeiro e fevereiro de 2023. Esse percentual é significativo considerando que os consumidores iniciaram o ano mais endividados em relação a 2022. A taxa de desemprego aumentou levemente em comparação ao mesmo período do ano passado, com 8,4% da população nessa situação em janeiro/2023, contra 8,3% no mesmo período de 2022, ou seja, um total de pelo menos 9 milhões de pessoas sem renda formal ou de carteira assinada. Quanto à regularização das dívidas, 965 mil famílias precisam quitar os compromissos feitos em atraso. “Já a parcela de consumidores que atrasaram dívidas por mais de 90 dias chegou a 44,5% dos inadimplentes, a maior proporção desde abril de 2020”, apresentou o portal Infomoney.
Marciana Glanert, do Sistema FECOMÉRCIO RS, compartilhou um panorama sobre o inicio do ano, da perspectiva econômica. “A população não percebeu ainda melhora na economia, pelo contrário, a alta expressiva dos combustíveis no início de março, imediatamente veio como um balde de água fria no orçamento familiar. Está alta, em especial da gasolina, na média de R$ 0,46 centavos o litro, reflete diretamente na economia doméstica de todas as famílias, diminuindo o poder de compra dos alimentos, influenciando na saúde, lazer e também na educação”, afirma.
Além dos fatores internos, sofremos os efeitos da recessão mundial, associados com a desaceleração econômica causadas pela pandemia, as guerras, como a da Ucrânia e a escassez dos recursos naturais influenciam na redução da renda.
As soluções que podemos aplicar para evitar o endividamento iniciam-se na educação Financeira. Glanert compartilha algumas dicas: “Economicamente, o planejamento e o consumo com moderação, são medidas que podem contribuir para a saúde financeira das famílias”. Os gastos imprevisíveis são comprometedores para a situação financeira dos brasileiros, a solução pode ser “Devem se evitar ao máximo aquisição de empréstimos com juros abusivos, e buscar não comprometer valores e parcelamentos no crédito rotativo do cartão de crédito ou cheque especial. Essas ações e precauções são medidas básicas para evitar sucumbir à falência do próprio CPF” finaliza.