Foto: Michel Corvello/Prefeitura de Pelotas
Por Everson Martha e Ester Caetano/Superávit Caseiro
Pelotas tem um símbolo que transborda doçura no Brasil. A princesa do Sul é a terra dos doces que são reconhecidos como patrimônio imaterial. Mas quem consegue fazer com que esse reconhecimento se perpetue são as doceiras que mantêm uma certa tradição. Hoje elas já comemoram mais de um mês da nova Rua Do Doce.
No princípio as doceiras vendiam seus doces de forma itinerante pelo centro da cidade, não possuíam um lugar fixo, mas com a criação da Associação dos Produtores de Doces e da Cooperativa dos Doceiros de Pelotas foram passando por locais mais permanentes no calçadão da cidade, até parar em uma rua na lateral do calçadão na travessa Ismael Soares, contudo, com pouca visibilidade.
Durante longos anos de negociação entre as doceiras pelotenses e a Prefeitura, no próximo 7 de setembro, as produtoras vão poder comemorar dois meses de instalação na Rua do Doce, localizada quase que no coração do centro: na Rua Sete de setembro no calçadão perto do chafariz das três meninas.
Segunda, Andreia Costa, doceira da cooperativa há 25 anos no ramo, sem perlongas a rua do doce possibilitou uma outra visualização para as vendas. Ela conta que o movimento aumentou em mais de 50%. “A diferença foi muito grande, pela visibilidade, pela circulação de pessoas que tem aqui, maior que de lá, por estar no melhor ponto da cidade. Tinha um processo já há anos com a prefeitura, a associação e a cooperativa de conversação para a gente chegar aonde a gente chegou”, avalia.
Foto: Michel Corvello/Prefeitura de Pelotas
Quem passar por lá vai poder aproveitar os diversos tipos de doces produzidos: quindim, bombom de nozes, bombom de morango, olho de sogra, pastel de santa clara, brigadeiro, branquinho, trufa de morango, camafeu, ninho e tantos outros. O preço dos doces é padrão, custando R$ 5,00. A Rua do Doce funciona diariamente das 9h às 19h, incluindo finais de semana.
Dados da Prefeitura de Pelotas apontam que no primeiro mês de funcionamento foram comercializados mais de 50 mil doces entre as sete bancas que concentram a produção de 30 doceiras. Além do mais, a nova rua possibilitou a abertura de cerca de 150 postos de trabalho.
A Prefeitura, a Associação dos Produtores de Doces e a Cooperativa dos Doceiros planejam a instalação de outros pontos do Centro de Comercialização de Produtos Associados ao Turismo em bairros da cidade, considerando a presença de muitas áreas de concentração de comércio fora do Centro.