Por Naiane Konradt/Superávit Caseiro

Para quem gosta de investir, as opções são diversas: CDB, Tesouro Direto, Fundos Imobiliários, Fundos Multimercados, LCI/LCA, Ações, entre milhares de outras. Algumas são mais arriscadas, outras mais seguras. Mas se você é do time que quer rentabilidade sem abrir mão da segurança, uma excelente alternativa pode ser investir em títulos públicos. Os títulos públicos contam com a garantia do Governo Federal, sendo assim, são a opção mais segura do mercado financeiro.

Entenda como funciona:

Para financiar suas atividades, o Governo Federal emite o que chamamos de “títulos públicos”. Esses títulos são ativos de renda fixa, ou seja, em alguns casos é possível saber quanto se vai receber ao final do investimento. Eles servem para captar recursos para o financiamento da dívida pública e de investimentos em atividades como educação, saúde e infra-estrutura. De maneira mais simplicada, é como se você emprestasse dinheiro para o governo, recebendo lá na frente o dinheiro investido e mais os juros gerados.

São três os principais tipos de títulos públicos disponíveis: Prefixados, Tesouro Selic e IPCA.

PREFIXADOS:

Como o nome diz, esse tipo de título já possui uma taxa pré-fixa. Ou seja, ao investir você sabe qual a porcentagem de juros que o investimento irá render e, consequentemente, qual o valor irá receber no vencimento.

Dentro do título prefixado, existem ainda duas ramificações:

  • Prefixado em que o pagamento só acontece no vencimento.
  • Prefixado em que o pagamento é semestral, porém, o valor investido é pago no vencimento.

Entretanto, o valor do título pode variar conforme as variações da economia.

TESOURO SELIC:

Este título é chamado de pós-fixado, tem seu rendimento conforme a taxa Selic do momento. Pode ser uma boa alternativa quando as taxas de juros estão altas. Outro atrativo é a alta liquidez, pois o investidor pode resgatar seu investimento antes da data de vencimento sem a necessidade de pagar imposto.

TESOURO IPCA:

Este título, além de ter uma porcentagem fixa, também acompanha o índice da inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Ou seja, a sua rentabilidade é definida conforme o valor da inflação do momento, juntamente com a taxa fixa.

Assim como nos prefixados, o pagamento deste título também pode acontecer de duas formas:

  • Tesouro IPCA + juros semestrais: o pagamento dos rendimentos é feito de 6 em 6 meses (semestral). Porém, o valor investido é pago somente no vencimento.
  • Tesouro IPCA + sem o pagamento de juros: os rendimentos e o valor investido são pagos somente no vencimento.

Por onde começar a investir em títulos públicos?

Para escolher a melhor alternativa entre eles é necessário entender quais seus objetivos com o investimento e quanto risco se aceita correr.

Entenda seu perfil de investidor: arriscado, moderado ou conservador? Quando você for fazer uma conta em banco que oferecem opções investimentos ou em uma corretora, você é convidado a fazer um teste via aplicativo ou site para definir o seu perfil de investimento. A partir desse perfil, a entidade indica as melhores opções para você. Vale lembrar, no entanto, que em 2022, diante do cenário de inflação e juros altos, os títulos públicos estão sendo uma das melhores opções para reserva de emergência, pois apresentam rendimentos maiores que os da poupança e contam com liquidez diária (que você pode resgatar a qualquer momento). Aliás, enquanto na poupança o rendimento entra na conta apenas após o ciclo mensal, nos títulos públicos de liquidez diária o rendimento é atualizado todos os dias.

Também preste atenção nas variações de cada título em comparação com seus ganhos. As vantagens e desvantagens, rentabilidade, custos, tributação e liquidez. É importante avaliar todas as questões que envolvem seus investimentos, mas podemos perceber que investir em títulos públicos é uma ótima opção para quem preza pela simplicidade e segurança.

Fontes: BTG Pactual e CM Capital