A presente invenção corresponde à obtenção de um pigmento preto multifuncional criado a partir da matéria-prima casca de arroz (CA). A metodologia relata dois procedimentos para produção do pigmento, utilizando dois fornos, o primeiro sendo um forno de pirólise criado pela autora (Almeida R. S., 2010) dessa patente e o segundo forno retrata um modelo tubular com fechamento nas laterais. A primeira etapa de queima ocorre em temperaturas de 700 ºC com tempo máximo de permanecia da biomassa dentro do forno de 10 min., onde a amostra é queimada e seus vapores são arrastados por um gás inerte de N2 gerando a condensação dos gases da queima, neste processo não existe a presença de pressão. Após a amostra é macerada e passada em peneira onde se obtendo um pó bem fino, no qual é transferido para uma segunda etapa de queima em forno tubular de até 1200 ºC para garantir que sua principal característica de coloração preta se mantenha. Neste processo também não existe a presença de pressão. Constata-se que a obtenção deste produto possui uma relação de agregação de valor ao resíduo agropecuário que não se tem destino nobre e apropriado. Além do mesmo ser o de origem vegetal de baixa ou nenhuma toxicidade o qual vem a substituir outros pigmentos nanométricos que se baseiam na utilização de pigmentos altamente tóxicos como é o caso do negro de fumo sendo este constituído por partículas finamente divididas, que são obtidas por decomposição térmica (pirólise) ou combustão parcial de hidrocarbonetos gasosos ou líquidos. Portanto, a invenção possibilita atribuir um novo pigmento inorgânico a cinza da casca de arroz (CCA) de origem orgânica, tendendo a beneficiar o setor industrial que necessita de técnicas que contribuam para adequação quanto às exigências socioambientais.
Registro: BR 10 2016 0207975