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O encontro internacional ‘Máquinas, Corpos e Grafias: Mediações Antropológicas sobre IA, Tecnopoéticas e Sensorialidades’ será realizado em formato híbrido, presencial e online, entre os dias 25 e 27 de setembro de 2024, com sede virtual em PelotasRS e organização do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Produção em Antropologia da Imagem e do Som da Universidade Federal de Pelotas (LEPPAIS/UFPel), em comemoração ao seu 16º aniversário.
O evento visa integrar a comunidade que trabalha sobre relações entre seres humanos e seres-não-humanos maquínicos, cultura digital e interface entre criatividade e tecnologias, sobretudo aquelas relacionadas às Inteligências Artificiais (IAs), robótica, processos poéticos e suas interações com a antropologia visual e multimodal em diálogo com outras áreas do conhecimento (Computação, Artes, Arquitetura e Urbanismo, Engenharia, Enfermagem, Letras, Psicanálise), proporcionando espaço para debate, troca de experiências acadêmicas e incentivo a abordagens inovadoras em pesquisas de campo e restituição social de seus resultados.
Busca-se estabelecer conexões com instituições de ensino nacionais, incluindo universidades e institutos federais, bem como com a comunidade em geral, investindo também na internacionalização da rede de pesquisa relacionada ao tema.

“Embora a IA tenha surgido na metade do século XX, foi apenas no século XXI, e principalmente nos últimos anos, que as automações facilitadas pelo aprendizado de máquina se popularizaram. A presença quase invisível da IA em atividades cotidianas levanta uma série de questões sobre as relações entre humanos e máquinas, muitas vezes borrando as fronteiras entre ficção científica e realidade. Na medida em que nos tornamos mais dependentes dessas tecnologias, é crucial examinar de perto como elas influenciam nossa compreensão do mundo, nossa capacidade de sentir e expressar emoções. Se as IA’s são alimentadas principalmente com dados e informações codificadas, qual o seu impacto na produção do conhecimento antropológico, já que esse conhecimento depende da experiência prática e de um conhecimento muitas vezes entendido como imponderável, tácito ou háptico? Quais os efeitos dos códigos algorítmicos previamente formatados na produção do conhecimento sensorial, nas percepções e sensibilidades emocionais? Até que ponto as Inteligências Artificiais (IA) serão capazes de interpretar e representar emoções? As IAs podem desenvolver consciência ou substituir a criatividade humana?  Quais são os impactos da robótica na vida contemporânea?  Como lidar com a obsolescência das “novas” tecnologias? Essas são questões cruciais que emergem em meio ao crescente papel das tecnologias e sistemas inteligentes no nosso cotidiano. Ademais, nos interessa pensar as potencialidades das (con)fabulações tecnopoéticas em termos de uma antropologia multimodal.

Estamos testemunhando uma transformação paradigmática nas interações entre humanos e não humanos. As mediações tecnológicas proporcionadas por dispositivos digitais, conexão em rede e a digitalização da vida estão causando mudanças profundas nos processos cognitivos, comunicacionais e sensíveis. Essas mudanças levantam questões éticas importantes, especialmente considerando que as máquinas operam com base em algoritmos criados por humanos. Isso nos leva a repensar tanto as potencialidades quanto as limitações observadas nas interações entre humanos e máquinas de uma perspectiva sistêmica e não antropocêntrica.

Além disso, as possibilidades de (con)fabulação, que envolvem a colaboração entre humanos e máquinas inteligentes, ou entre Inteligências Humanas (IH) e Inteligências Artificiais (IA), nos instigam a uma reflexão sobre a produção da vida, a partir das relações entre ciências, tecnologia, comunicação, poéticas e grafias. Essas são algumas das questões que impulsionam o Encontro Internacional intitulado “Máquinas, Corpos e Grafias: Mediações Antropológicas sobre IA, Tecnopoéticas e Sensorialidades”. Acreditamos que o evento oferece a ocasião para a emergência de outras questões antropológicas relacionadas às motivações humanas em torno da produção e do consumo de tecnologias de  Inteligência Artificial. Isso inclui não apenas as implicações diretas, mas também as ressonâncias culturais, os desafios éticos e as narrativas ficcionais relacionadas às interações entre humanos e não humanos maquínicos.”

Programação

Quarta-feira
(25/09)
Quinta-feira
(26/09)
Sexta-feira
(27/09)
9h30- 11h30 Mesa Redonda Grupos de Trabalho Mesa Redonda
14h- 16h Oficina 1: IA
generativa
Oficina 2: Interfaces Tangíveis e Interação
Multimodal
Oficina 3: Tambores de candombe
16h30-17h30 Abertura de
exposição
Lançamento de dossier e conversa com autoras/es Mostra (audio)visual e musical
19h Conferência de
abertura
Mostra (audio)visual Conferência de encerramento

 

Organização

Cláudia Turra Magni
Daniele Borges Bezerra
Deivid Garcia Viegas
Frederico Dal Soglio Reckziegel
Guilherme Corrêa
Hamilton Bittencourt
Lisandro Moura
Isabel Ferreira Vargas
Reginaldo Tavares
Guillermo Gómez
Vinicius Teixeira
Vitoria de Lima

 

REALIZAÇÃO

 

FINANCIAMENTO

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico- CNPq
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul – FAPERGS