APOIO DA IMAGENOLOGIA NO DIAGNÓSTICO DE COLELITÍASE EM MACACO PREGO (Saparus nigritus) - RELATO DE CASO
O macaco-prego é uma espécie de primata que apresenta ampla distribuição neotropical, ocorrendo desde o norte da Colômbia até o sul da Argentina (HILL, 1960), sendo encontrado em diferentes tipos de florestas ao longo da sua distribuição geográfica, vivendo em grupos estáveis, com organizações sociais definidas, variando de seis até 30 indivíduos, com um macho dominante (ESCOBAR-PARÁMO, 1989).
Descreve-se, na literatura, grande interesse por diversas especialidades no campo da morfofisiologia relacionada a primatas não humanos, levando em conta que estes animais têm fornecidos dados para estudos científicos em medicina experimental, acreditando-se que suas reações biológicas são as mais
aproximadas, pelas similaridades com a espécie humana (NAPIER et. al. 1989).
Os cálculos biliares, ou colélitos, são formados a partir da precipitação do colesterol em pequenos cristais, estes se acumulam junto à superfície da mucosa
da vesícula biliar inflamada e se aglomeram, formando os cálculos maiores (GUYTON & HALL, 2006). Esses cálculos podem conter pigmentos, colesterol ou bilirrubinato de cálcio (CIPRIANO et al., 2016).
Os animais acometidos por colelitíase poderão permanecer assintomáticos, mas quando sintomáticos, os sinais mais relacionados são vômitos, anorexia,
fraqueza, poliúria, polidipsia, perda de peso, icterícia, febre e dor abdominal (CIPRIANO et al., 2016).
O presente trabalho tem como objetivo relatar o diagnóstico, através de exames de imagem, de colelitíase em macaco prego.
ECODOPPLERCARDIOGRAFIA EM PEQUENOS ANIMAIS- ESTUDO RETROSPECTIVO DE 2017-2018 NO HOSPITAL DE CLÍNICAS VETERINÁRIAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS.
A ecocardiografia trata-se de uma ferramenta de diagnóstico não invasivo importante para avaliar as características estruturais e funcionais do sistema
cardiovascular em animais (AMORY; LEKEUX, 1991). A ecocardiografia permite, por meio de visualização direta das câmaras cardíacas, uma avaliação da relação espacial entre as estruturas, dos movimentos cardíacos e características dos fluxos sanguíneos, possibilitando o diagnóstico de várias alterações cardíacas, como afecções valvulares, miocardiopatias, anomalias congênitas e doenças pericárdicas (CASTRO, 2009; MUZZI, 2002; KIENLE; THOMAS, 2005).
O conhecimento da prevalência das afecções cardíacas em cães é de fundamental importância para o clínico de pequenos animais, auxiliando na formulação de diagnósticos diferenciais e no estabelecimento de um plano terapêutico adequado (CASTRO, 2009).
Objetivou-se com este trabalho realizar descrição e análise da ocorrência das principais cardiopatias diagnosticadas no Laboratório de Diagnóstico por Imagem e Cardiologia Veterinária (LADIC) do Hospital de Clinicas Veterinárias da Universidade Federal de Pelotas- RS (HCV-UFPel) no período de janeiro de 2017 a dezembro de 2018.
MEGAESÔFAGO SECUNDÁRIO A ESTENOSE ESOFÁGICA PARCIAL - RELATO DE CASO.
Megaesôfago é uma doença que causa dilatação esofágica, resultante de esôfago aperistáltico, secundário a distúrbio neuromuscular (6). Pode ser um distúrbio primário (congênito, idiopático ou adquirido) ou secundário (4). De acordo com ETTINGER (1997), o megaesôfago secundário é consequente de qualquer condição que provoque o rompimento do reflexo nervoso, controlador da deglutição, ou que afete o funcionamento do músculo esofágico (2). Os sinais clínicos da doença são caracterizados pela regurgitação de alimento e água, perda de peso ou crescimento deficiente, hipersalivação e som de borbulhas a deglutição (5).
Dentre as estenoses adquiridas têm-se as estenoses esofágicas que ocorrem quando há fibrose pós esofagite severa que envolve a submucosa e a túnica muscular podendo obstruir, parcialmente ou totalmente, a passagem do conteúdo alimentar até o estômago (1).
O objetivo deste trabalho é relatar um caso raro, relatado pela primeira vez, no estado do Rio Grande do Sul, de megaesôfago secundário a estenose esofágica parcial em uma cadela que apresentou histórico de regurgitação.
DIAGNÓSTICO DE HÉRNIA INGUINAL CONTENDO FECALOMA: RELATO DE CASO
As hérnias inguinais são protrusões de órgãos ou tecidos através do canal inguinal adjacente ao processo vaginal, podendo surgir como resultado de anormalidades congênitas do anel inguinal ou após traumatismo. O conteúdo da hérnia inguinal é mais comumente formado pelo intestino, seu mesentério ou omento. Sendo seu principal sinal clínico o aumento de volume de consistência macia na região inguinal, podendo ser uni ou bilateral.
Uma vez identificada, a hérnia inguinal deve ser reparada cirurgicamente o mais breve possível para evitar complicações posteriores de encarceramento, obstrução ou estrangulamento do seu conteúdo. O prognóstico é considerado excelente, a menos quando ocorre perfuração ou vazamento intestinal. Fecaloma é uma constipação intestinal, caracterizada por irregularidade ou dificuldade de defecar, causados pela coprostase. Nesses casos, ocorre extrema impactação fecal, as fezes ficam ressecadas, compactadas e retidas no interior do intestino grosso onde desidratam e solidificam. Este trabalho descreve o
diagnóstico, por meio de exames de imagem, de um fecaloma contido dentro de uma hérnia inguinal em uma paciente canina
DIAGNÓSTICO DE PSEUDOARTROSE EM ÚMERO DE CANÍDEO: RELATO DE CASO
O termo “Pseudoartrose” é aplicado para designar a situação em que a fratura não mostra evidências radiográficas de progressão do processo de consolidação óssea, indicadas por esclerose nas extremidades da fratura, presença de um hiato, calo ausente ou hipertrófico e persistência ou alargamento do traço de fratura (SILVA et al. 2016). A pseudoartrose pode ser conceituada como um processo no qual ocorre a falta de consolidação de uma fratura, acarretando mobilidade anormal do membro afetado (OLIVEIRA, 1940). É comum em acidentes ocorrerem casos de fratura, de forma que nem sempre, a consolidação acontece de maneira adequada. Com isso, em toda falha na fusão óssea, a etiologia pode apresentar diversos fatores como causa, de uma patologia denominada como pseudoartrose (SILVA et al. 2016).
De acordo com a formação do calo ósseo a pseudoartrose é classificada como oligotróficas e atróficas (GRECCO et al. 2005). Há relatos de fatores associados à pseudoartrose, como obesidade, diabetes, doença vascular periférica, esclerodermia, imobilização inadequada, distração excessiva da fratura na fixação externa, fratura exposta, interposição de tecidos moles na fratura (GRECCO et al. 2005).
Os sintomas clínicos normalmente não são dramáticos; em geral cursam com dor leve a insignificante, sensação de fraqueza, instabilidade da extremidade,
deformidade e mobilidade anormal no foco de fratura (GRECCO et al. 2005).
O presente trabalho tem como objetivo relatar o diagnóstico, através de exames de imagem, de pseudoartrose em um cão.