Coordenador: Prof. Dr. Rafael Ratto de Moraes
Painel de especialistas: Fabiana Chiapinotto, Sabrina Kohlrausch, Livia Fávaro Zeola, Fábio André Santos, Ana Cecília Aranha, Paulo Vinícius Soares, Amanda Pinto Bandeira de Sousa Marques, Nicole Aimée Rodrigues José.
INTRODUÇÃO:
A hipersensibilidade dentinária (HD) pode ser definida como um processo patológico de etiologia multifatorial, que envolve a combinação de mecanismos de tensão, fricção e corrosão, e que desencadeia uma dor com sintomatologia aguda, de intensidade leve a moderada, de curta duração. A HD depende de estímulos térmicos, táteis, osmóticos e/ou químicos e não pode ser atribuída a outras condições bucais com túbulos dentinários expostos supragengivais, subgengivais e abaixo de defeitos estruturais e trincas de esmalte (HOLLAND et al., 1997; ZEOLA et al., 2019; MARTINS et al., 2020; SOARES e MACHADO,
2020).
A prevalência da HD reportada em estudos varia de 1% a 92% (ZEOLA et al., 2019), variabilidade que sugere imprecisão nos meios diagnósticos. O diagnóstico normalmente envolve coleta de informações autorrelatadas na anamnese, exame clínico dentário e periodontal, além da avaliação de resposta dentinária a estímulos. Um estudo no Brasil indicou que, independentemente da experiência clínica, cirurgiões-dentistas ainda consideram o manejo da HD um desafio em sua prática diária, sugerindo que diretrizes devem ser desenvolvidas para ajudar os processos de tomada de decisão entre os profissionais (ZEOLA et al., 2020).
Assim, o objetivo desta diretriz para a prática clínica odontológica é fornecer recomendações para auxiliar o atendimento de usuários adultos ou adolescentes na Atenção Primária à Saúde envolvendo o manejo da hipersensibilidade dentinária.