O Grupo Brasileiro de Estudos sobre Multimorbidade (GBEM) encerra o tão ímpar ano de 2020 realizando um balanço das ações realizadas e planejando o ano de 2021. Neste ano, o grupo completou quatro anos de existência esperando ter contribuído com seu objetivo central: avançar no conhecimento da multimorbidade no Brasil.
O ano da COVID-19 trouxe vários desafios, mas o GBEM não parou, a semelhança de toda a ciência brasileira que vem atuando intensamente para o enfrentamento da pandemia. Obviamente, algumas ações foram readequadas para contribuir com informações sobre a relevância da multimorbidade no contexto da pandemia como, por exemplo, as publicações de manuscritos sobre a estimativa de pessoas em envelhecimento que estariam em risco para a COVID grave e a relação dos comportamentos de proteção para a COVID-19 com a multimorbidade.
As ações projetadas para o ano de 2020 vêm sendo realizadas e concluídas. A pesquisa sobre a lista brasileira de morbidades para a definição operacional da multimorbidade, coordenada pela pesquisadora Doralice Severo da Cruz, teve sua coleta de dados concluída. As ações de extensão do grupo (como a série #DivulgaGBEM), principalmente com a inserção da pesquisadora Fiona Guerra, tiveram avanços importantes contribuindo para a divulgação e comunicação científica de diferentes evidências, em formatos variados, como vídeos, postagens e a newsletter. A produção científica do grupo, coordenada pela pesquisadora Ana Paula Rodrigues, foi ainda mais fomentada ocorrendo a elaboração e submissão de artigos científicos para publicação. Além disso, assuntos centrais para o GBEM tiveram consideráveis avanços, como, por exemplo, o grupo de trabalho sobre formação em saúde e a multimorbidade, liderado pelo pesquisador Antonio Germane Pinto.
A produção científica atrelada à formação de recursos humanos cresceu neste ano. São diferentes alunos de iniciação científica, graduandos, mestrandos e doutorandos estudando a multimorbidade a partir de diferentes estudos. Novas pesquisas estão com coleta de dados planejadas para 2021, possibilitando novas informações sobre a temática no Brasil, inclusive em contextos pouco explorados até o momento (por exemplo, pesquisa nos serviços de emergência).
Para a coordenação do GBEM, é uma satisfação ver todo o trabalho desenvolvido até aqui graças ao esforço e interesse dos nossos pesquisadores e colaboradores internacionais. Contamos com vocês para enfrentarmos os desafios em 2021.
Coordenação do GBEM