400 metros com barreira: a primeira conquista
Olimpíadas de Tóquio, um bronze e uma marca entre os dez mais rápidos do mundo
Desde 1924, o atletismo se faz presente em todas as participações do Brasil nas Olimpíadas, sendo uma potência nacional e conquistando 17 medalhas até a competição de 2020, em Tóquio. Nos 400 metros com barreira, o primeiro feito ocorreu em 1936, nos Jogos Olímpicos de Berlim, onde Sylvio de Magalhães Padilha conquistaria o 5º lugar na categoria.
Em 2020, um novo nome surge na modalidade, Alison dos Santos, conquistando um bronze na corrida que é considerada por muitos como a maior de todos os tempos, onde os três primeiros lugares quebraram o recorde histórico da prova nas olimpíadas.
Em uma entrevista para o Comitê Olímpico Brasileiro, Alison diz: “Foi uma prova louca, uma prova muito forte, uma prova histórica, em que fizeram o que achavam que era impossível, quebrar a barreira dos 46s. Três atletas correram abaixo de 47s, a prova mais rápida da história, e eu fico muito feliz de estar fazendo parte disso”. Caso o atleta tivesse corrido em alguma outra edição da competição, teria conquistado a medalha de ouro.
Alison quebrou um jejum de 33 anos no atletismo brasileiro, sendo a primeira medalha individual em uma prova de pista. Seu sucesso estrondoso não se limitou apenas às Olímpiadas, ganhando dois anos antes os jogos Pan-Americanos e as Universíadas, teve em 2022 mais uma conquista ao vencer o Campeonato Mundial de Atletismo e quebrar o recorde sul-americano, tornando-se o terceiro homem mais rápido do mundo.
Cotado como um dos favoritos para brigar pelo ouro em 2024, o atleta deixa claro sua determinação ao contar como quer ser visto: “Alguém que daqui a 30, 40 anos, quando falarem de 400m com barreiras, vão lembrar do Alison dos Santos”.
Redação: Everton Iberse