Phelipe Chateaubrian bate o americano Nickolaus Mowrer e garante a primeira vaga do Brasil em Paris 2024
Na final do Campeonato das Américas de Tiro Esportivo, Phelipe Chateaubrian conquistou uma vitória impressionante sobre o americano Nickolaus Mowrer, garantindo assim a primeira vaga brasileira individual nos próximos Jogos Olímpicos, em Paris. Mesmo não sendo o favorito, o atleta mostrou sua determinação ao derrotar Nickolaus, que na fase classificatória, obteve uma pontuação ligeiramente superior: Mowrer marcou 248.7, enquanto Phelipe alcançou 248.2.
Apesar de ser o responsável pela classificação do Brasil, Phelipe ainda aguarda confirmação para competir em Paris, uma vez que a vaga olímpica é destinada ao país, não necessariamente ao atleta que a conquistou. Ou seja, cabe ao COB – Comitê Olímpico do Brasil – a decisão de quem irá representar o Brasil na competição.
Desde sua estreia nos Jogos Olímpicos em 1896, em Atenas, o tiro esportivo tem sido uma presença constante. Até os Jogos de Tóquio em 1964, apenas os homens competiam. As mulheres entraram na competição nas provas mistas durante os Jogos da Cidade do México em 1968. E somente em Los Angeles, 1984, que surgiram as primeiras competições exclusivamente femininas, com duas categorias distintas: pistola de ar e carabina de ar.
Mesmo sendo uma das modalidades mais debatidas no programa olímpico – devido ao alto risco, sua permanência segue bem representada pelo Brasil, que já garantiu 4 medalhas olímpicas no esporte. Atualmente, é dividido em três tipos de armas: carabina, espingarda e pistola, cada uma com duas categorias individuais em ambos os gêneros, além de uma mista, totalizando cinco eventos por arma e quinze no total.
Representando o Brasil, o tenente Guilherme Paraense se tornou o primeiro atleta a ganhar uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos, alcançando o feito em 1920, durante os Jogos de Antuérpia, na modalidade de “tiro rápido”. Posteriormente, Durval Guimarães representou o Brasil em cinco edições consecutivas dos Jogos. Quase um século após a conquista de 1920, o tiro esportivo brasileiro voltou a brilhar nas Olimpíadas do Rio 2016, quando Felipe Wu garantiu a medalha de prata.
Phelipe relata estar confiante, segue treinando com a tecnologia e acompanhamento do COB visando sua evolução e projeta grande desempenho nos Jogos Olímpicos: “Tenho trabalhado muito para isso. E assim, o passo a passo disso eu já tenho conseguido atingir, que foi ser campeão brasileiro, sul-americano e pan-americano, conquistando a vaga para os Jogos. As pessoas acham que essa minha ascensão está sendo conquistada muito rápido, então é isso que me dá o suporte de sonhar e o próximo nível de dar o próximo passo”, explicou em entrevista para o jornal Olympics em junho de 2023.
Dito isso, as expectativas em relação à participação do Brasil na modalidade são altas, com Phelipe ou outro atleta buscando repetir e até superar os feitos de seus antecessores.
Vale citar que as classificatórias para Paris 2024 começaram no dia 14 de agosto de 2022 e vão até 9 de junho de 2024. Sendo que cada país poderá enviar no máximo 24 atletas para os Jogos Olímpicos e o limite por prova para cada país é de dois atletas.
Os eventos do tiro nas Olimpíadas de Paris estão programados para acontecer entre 27 de julho e 5 de agosto, no Complexo Nacional de Tiro de Chateauroux.
Redação: Amanda Marín