O primeiro passo de um sonho no gramado: Uma família gaúcha visita a Arena do Grêmio

Era uma tarde ensolarada, típica da primavera do Rio Grande do Sul, em setembro de 2018, mas com aquele friozinho que fazia lembrar sempre o estado em que estávamos. Mas, dentro da Arena do Grêmio, o calor humano aquecia o ambiente, e a emoção de mais uma família em viver algo novo, tomava conta. Minha família, vinda do interior de Santo Antônio da Patrulha, com os olhos brilhando de emoção, atravessava o portão do estádio, em uma primeira visita de última hora na Arena. Principalmente Isabela, minha irmã que na época tinha 4 anos, estava com uma energia tão contagiante quanto a festa que estava prestes a acontecer, estávamos ali para viver um sonho.

Minha família sempre foi apaixonada pelo Grêmio. Para nós, como somos todos gremistas, o futebol é uma oportunidade de conectar gerações. Meu padrasto, que passava as tardes ensinando minha pequena irmã os gritos de guerra da torcida e a história do Tricolor, viu sua chance de levar a família ao estádio, aproveitando a oportunidade de assistir a um jogo importante do campeonato brasileiro contra o Botafogo.

Mas havia uma surpresa que ninguém esperava: Isabela seria escolhida para entrar em campo com o ídolo da torcida gremista, o zagueiro Geromel, que tanto alegrava e entusiasmava a torcida. Eu estava deslumbrada com tudo o que via. As luzes, o tamanho do estádio, a multidão vibrando. A família mal podia acreditar. Era um evento grandioso, um momento único que nos unia em torno da paixão pelo Grêmio. Mas a Isabela, com seus olhos curiosos e sorriso tímido, estava mais encantada com o fato de que, ao seu lado, estava o jogador que ela já via como um heroi.

O momento mais emocionante chegou quando a pequena segurou a mão de Geromel, com um certo nervosismo de criança, mas um olhar cheio de admiração. Ela já sabia a importância daquilo tudo na vida de todos ali, e valorizou muito bem. Era como um conto de fadas, no qual o gramado era o palco da vez.

Enquanto o time se preparava para entrar em campo, eu olhava para cada parte do ambiente, tentando assimilar e sempre lembrando do meu avô, que era muito gremista também. Minha mãe, com os olhos marejados, segurava minha mão, conectando a lembrança de seu pai com o dia especial, sabendo que, onde quer que ele esteja, estava feliz pela conquista da sua neta.

O momento em que minha irmã entrou no campo de futebol com o Geromel e os jogadores foi registrado por muitos da família que assistiam pela televisão. E, para nós, que temos uma relação quase mística com o Grêmio, aquilo significava muito mais que um simples acontecimento. Era a confirmação de que o futebol une as pessoas e as memórias, fortalecendo os laços familiares de uma maneira saudável e única.

Para minha irmã, o estádio se tornava não apenas um lugar onde se jogava, mas um território mágico, um ambiente que ela frequentou e ainda frequenta muito, sempre empolgada como se fosse a primeira vez. Para mim, a felicidade dela importa tanto quanto o momento, e sou eternamente grata pelo futebol proporcionar momentos tão incríveis e inesquecíveis para minha família. E o placar do dia? 4×1 pro Grêmio, só para encerrar com excelência esse dia, deixando nosso coração aquecido.

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