Tradução de cartilha para imigrantes hispânicos

Segundo o último Relatório Anual do Observatório das Migrações Internacionais – OBMigra, de 2019, elaborado pelo Ministério da Justiça, haitianos, venezuelanos, bolivianos, colombianos e argentinos são as cinco principais nacionalidades que formam o grupo de imigrantes no Brasil até de 2018. E essa população, sem emprego e moradia adequados, vive em situação de vulnerabilidade, o que acaba por afetar uma gama de outros direitos fundamentais. Na perspectiva dos direitos humanos, a cartilha em espanhol busca auxiliar esta população a solicitar o Auxilio Emergencial. O trabalho de tradução foi realizado por Miguel Fuentes Guevara, integrante do Projeto de extensão para tradução, mediação linguística e disseminação de informações à comunidade do Centro de Letras da UFPel, coordenado pela Profa. Andrea Kahmann, em auxílio à cartilha realizada pelo Projeto O Direito de Olho no Social, coordenado pelas Profas. Karinne Emanoela Goettems dos Santos e Márcia Bertoldi, da Faculdade de Direito. Para acessar a cartilha, clique aqui.

Projeto Tradução, mediação linguística e disseminação de informações à comunidade

O projeto de extensão “Tradução, mediação linguística e disseminação de informações à comunidade” vincula-se ao projeto de pesquisa Mobilang, liderado pela professora doutora Sabine Gorovitz (Universidade de Brasília). Na Universidade Federal de Pelotas, o projeto é coordenado pela professora  doutora Andrea Kahmann e parte dos cursos de Bacharelado em Letras–Tradução e Licenciaturas vinculadas ao Centro de Letras e Comunicação. Buscamos implementar proposta semelhante a projetos de extensão já existentes na UnB e UFPB, instituições parceiras na elaboração e desenvolvimento deste.

Partindo da concepção de direitos linguísticos como direitos fundamentais, busca-se a articulação de conhecimentos das áreas de Estudos de Tradução e Letras para atender à comunidade a partir de três pilares: (1) pesquisa, tradução/reformulação e disseminação de conteúdos especializados visando à democratização de conhecimentos para a promoção do bem geral; (2) atendimento de solicitações de tradução de materiais, priorizando os relacionados à proteção de direitos fundamentais e sociais; (3) prestação de assessoramento ou mediação linguística-cultural, remota ou presencialmente, para a efetiva viabilização dos acessos à saúde, à justiça, à assistência social e à promoção do desenvolvimento econômico-social-cultural à comunidade, sobretudo a grupos em vulnerabilidade social, em migração ou refúgio, com dificuldades de compreender e se fazer compreender em língua portuguesa, bem como a prestadores/as de serviços públicos ou de interesse público e tomadores/as de decisão em situações que envolvem pessoas nas condições referidas.

Para atingir o objetivo, contamos com uma equipe de voluntários composta por estudantes de graduação (diversas áreas do conhecimento), e também pós-graduandos/as, pesquisadores/as de outras instituições (inclusive do exterior) e tradutores/as profissionais. Nesse início do projeto, a equipe atua nas seguintes línguas: inglês, espanhol, francês, alemão, italiano e Libras. O primeiro desafio da equipe é pesquisar e disseminar junto à comunidade informações e notícias relacionadas ao novo Covid-19, além de atender a órgãos públicos, organizações não-governamentais e instituições que necessitem de traduções e mediação linguística (por meio remoto).