Como a saúde financeira pode aprimorar a qualidade de vida e promover autonomia nas decisões pessoais

Por Gabriele Brittes/Superávit Caseiro

A relação entre finanças e saúde mental é crucial para o bem-estar geral. O estresse financeiro — seja por questões pessoais, inflação, aumento do custo de vida ou diminuição do poder de compra — pode desencadear uma série de problemas emocionais e físicos. Muitas pessoas, pressionadas pela necessidade de aumentar a renda, acabam acumulando empregos, resultando em sobrecarga de trabalho e queda na qualidade de vida. Esse acúmulo de tarefas frequentemente gera sintomas de doenças psicológicas que afetam diretamente o equilíbrio físico e emocional.

 Antônio Batista Silva Junior, especialista da rede CNN, ressalta que essa situação pode levar a sintomas como ansiedade, insônia e até a depressão. Ele observa que as empresas brasileiras têm um papel importante na promoção do bem-estar social e na redução dos impactos desse cenário. “Primeiramente, as empresas podem oferecer consultoria e aconselhamento financeiro, ajudando os funcionários a negociar dívidas, organizar orçamentos familiares, tomar decisões de investimento e avaliar a necessidade de empréstimos. Em segundo lugar, facilitar o acesso a crédito mais acessível, por meio de parcerias com agentes financeiros, pode evitar o pagamento de juros altos. Por último, e mais importante, investir em educação financeira para os funcionários e suas famílias. Com cursos, palestras e workshops, as empresas podem capacitar os colaboradores a desenvolver uma relação mais saudável com o dinheiro, preparando-os para crises e emergências. Essas ações não apenas melhoram a qualidade de vida dos funcionários, mas também aumentam a produtividade e a retenção de talentos, contribuindo para a retomada da economia e uma sociedade mais justa e menos desigual,” conclui.

  Para lidar com o estresse financeiro, é fundamental adotar algumas estratégias. A educação financeira é uma das mais eficazes. Compreender como gerenciar o dinheiro e criar orçamentos pode auxiliar os indivíduos a tomarem decisões mais informadas. Planejar e organizar as finanças, estabelecendo metas claras, também pode reduzir a ansiedade e proporcionar autonomia.

Educação financeira é fundamental para manter o equilíbrio psíquico e econômico. Imagem: Sesi

Além disso, a professora de Psicologia Econômica, Vera Rita Ferreira, em entrevista concedida à rede CNN, destaca que “o dinheiro pode, de fato, impactar nossa saúde mental, pois sempre carrega representações psicológicas, tanto em sua ausência quanto em sua presença”. Essa perspectiva demonstra a importância de compreender as emoções associadas ao capital e como elas influenciam o comportamento financeiro. Ferreira sugere que, quanto mais o indivíduo se sentir seguro , menor vai ser a necessidade de consumir de forma excessiva, resultando em escolhas mais ponderadas e satisfatórias.

 Em um contexto de pressões financeiras constantes, cuidar da saúde mental se torna fundamental. A união entre educação financeira e apoio emocional pode criar um equilíbrio saudável, capacitando as pessoas a enfrentar os desafios financeiros com flexibilidade e confiança. Dessa forma, é possível cultivar uma vida mais tranquila e satisfatória, com uma preparação sólida para lidar com as adversidades financeiras.