Por Eduardo Ritter/Superávit Caseiro

Com o crescimento dos bancos digitais e fintechs, as contas que oferecem rendimento automático estão se tornando cada vez mais comuns. Esse aumento fez com que o número de contas desse tipo, assim como aplicações automáticas ligadas a CDBs e RDBs, chegasse a 91,8 milhões em dezembro de 2024, um crescimento de 22% em relação ao final de 2023, segundo dados da Bolsa de Valores do Brasil, a B3.

Conforme o site da B3, esse modelo de investimento funciona de forma simples: o dinheiro que fica parado na conta-corrente ou não está sendo usado pelo cliente é automaticamente aplicado em produtos financeiros, muitas vezes chamados de “caixinhas” ou “cofrinhos”.

Segundo Felipe Paiva, diretor de Relacionamento com Clientes, Pessoa Física e Educação Financeira da B3, esse avanço mostra que milhões de brasileiros estão cada vez mais próximos do mundo dos investimentos. “A bancarização mudou a forma como as pessoas lidam com o dinheiro e o orçamento familiar. Além da poupança, elas começam a entender conceitos básicos como rendimento do saldo, taxa de juros e produtos financeiros, abrindo caminho para novas alternativas de investimento”, afirmou ao site da B3.

O número de contas com rendimento e o volume de dinheiro investido pelos brasileiros vêm crescendo de forma significativa. Para que isso aconteça, a confiança nas instituições financeiras é essencial, já que elas garantem o funcionamento seguro do mercado. Segundo Daniel Lima, diretor-presidente do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), a B3 e o próprio FGC têm um papel crucial nesse cenário. “Temos observado o crescimento do número de contas e dos volumes de recursos investidos pelos brasileiros. É difícil imaginar isso sem a confiança das pessoas nas instituições que viabilizam a operação do mercado financeiro. A B3 e o FGC desempenham papéis fundamentais para o aumento desta confiança. Um ciclo virtuoso se forma por meio do acesso simplificado a informações de qualidade e da educação financeira, elementos que permitem aos investidores realizarem escolhas cada vez mais conscientes”, afirmou Lima a B3.

Os homens ainda são maioria entre os investidores de renda variável no Brasil, representando 74% do total. No entanto, a participação feminina vem crescendo: em 2023, as mulheres eram 24% dos investidores na bolsa, e agora esse número subiu para 26%. Em termos absolutos, a B3 registra atualmente 1,4 milhão de investidoras e 3,8 milhões de investidores.

Conforme dados divulgados pela B3, as mulheres de 40 a 59 anos agora representam 30% das investidoras da B3, um aumento de 2 pontos em relação a 2023. A faixa etária de 31 a 39 anos ocupa o segundo lugar, com 28%. Em termos de saldo, o grupo de 40 a 59 anos lidera com 42% do total, seguido por investidoras acima de 60 anos (32%). Para mais conteúdos sobre finanças, acesse a Plataforma de Cursos da B3. Para quem já investe, é possível acompanhar os seus ativos no site da B3 na Área do Investidor.