Por Vanessa Centeno/Superávit Caseiro
Após a pandemia de COVID-19, os brasileiros precisaram se adaptar economicamente para enfrentar os desafios impostos pela crise sanitária. No Rio Grande do Sul, dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) revelam que essa adaptação se reflete no perfil das empresas registradas até 2024. Dos empreendimentos ativos no estado, 48,4% são Microempreendedores Individuais (MEI), enquanto 33,2% são Microempresas (ME). Outras formas de negócios representam 12,7% do total, e as Empresas de Pequeno Porte (EPP) correspondem a 5,7% das empresas registradas.
O Superávit Caseiro foi ao encontro daqueles que atuam como Microempreendedores Individuais (MEI) e autônomos, trazendo relatos sobre o novo empreendedorismo individual que tem se destacado e ganhado força no Rio Grande do Sul. Entrevistamos Milena Bierhals, assistente de relacionamento ao cliente do SEBRAE na região sul do estado, que compartilhou informações essenciais para quem deseja se tornar MEI. Segundo dados do site Data SEBRAE, 54,9% dos empreendedores em Pelotas já são registrados como MEI. Milena destacou que o site é de fácil acesso, permitindo que qualquer pessoa consulte dados sobre o crescimento do empreendedorismo em qualquer território do Brasil. Ela também explicou o processo para se tornar MEI em Pelotas: “O pelotense só precisa ter uma conta gov.br com nível de segurança prata ou ouro. Em Pelotas, temos a Sala do Empreendedor, um serviço prestado pela Prefeitura em parceria com o SEBRAE, onde o empreendedor pode receber, de forma gratuita, auxílio presencial para abrir o CNPJ, bastando levar o acesso da conta gov.br.”, destaca.
Para acessar informações sobre o índice de empreendedores e autônomos em Pelotas ou em qualquer parte do Brasil, basta visitar o site Data SEBRAE. Esse portal oferece dados atualizados e acessíveis para quem deseja acompanhar o crescimento do empreendedorismo no país. Caroline Iwen Bierhals, uma jovem pelotense de 28 anos, formada em técnico de enfermagem e atualmente estudante de fisioterapia, compartilhou sua experiência como Microempreendedora Individual (MEI). Entre 2018 e 2023, Caroline trabalhou como técnica de enfermagem em Home Care e, durante esse período, manteve-se registrada como MEI para emitir notas fiscais mensais pelos serviços prestados. “Ter o MEI foi uma vantagem porque me proporcionou um trabalho com horários fixos e um local definido para atuar”, explica Caroline. Agora, atuando como autônoma, ela planeja reabrir o MEI após se formar em fisioterapia, buscando continuar a empreender no campo da saúde.
Outra história de sucesso vem de Clariele Campos Tavares, também natural de Pelotas, mas atualmente residente em Caxias do Sul. Clariele tem cinco anos de experiência como microempreendedora e destaca a importância do MEI para quem está começando um pequeno negócio. “No início, foi complicado manter o MEI, e enfrentei vários desafios,” relata Clariele. Hoje, ela se dedica a fazer do seu microempreendimento a sua única fonte de renda, e vê o empreendedorismo como um caminho de crescimento tanto pessoal quanto profissional. Clariele compartilha seu trabalho e sua trajetória pelo Instagram da sua marca, @coconutbrand.loja, onde os seguidores podem acompanhar de perto o desenvolvimento de sua empresa.
Esses relatos exemplificam o papel crucial do MEI no fortalecimento do empreendedorismo no Brasil. Seja para quem está começando ou para quem já tem experiência, o MEI oferece uma estrutura que possibilita o crescimento de pequenos negócios e a realização de projetos pessoais e profissionais. Com o apoio de ferramentas como o Data SEBRAE, os empreendedores podem se manter informados e preparados para os desafios e oportunidades do mercado.