Ser forte: aspectos da masculinidade

  Há muito tempo, a sociedade cultivava padrões de vivência na qual demandava que os homens tivessem uma postura rígida, forte e inabalável, sendo assim o dizer   “homem não chora”, era e ainda é um dos comentários presentes em conversas de bares, padarias, jantares e em algumas broncas de familiares, quando criança, ao sofrer uma queda a mãe dizia ao filho; ‘levanta, homem não chora’.

     Por muitas vezes diante de vários comentários como esse, fizeram com que fosse enraizado um modelo de um homem blindado, envolto de uma armadura, intacto e impenetrável, que a qualquer demonstração de algum sentimento, torna-se uma falha, uma “rachadura na armadura”.

    Muitos sentimentos são escondidos pelos homens para que não transpareça, amor, tristeza e medo. Essas repressões podem acarretar diversos problemas como: alcoolismo, a depressão, o isolamento social e fazer com que o autocuidado seja negligenciado.

     O autocuidado vai muito além de fazer uma consulta médica, realizar exames de um check-up. Cuidar de si também pode ser isso, mas também envolve ter uma boa conversa com a pessoa que você gosta e confia, expressar-se sem medo de julgamentos, chorar, dizer que tem medo e também dizer que ama, que ama a vida, que ama a si. Estar aberto a novas experiências como apreciar a natureza, ler um bom livro, praticar exercícios ao ar livre, sair da zona de conforto e estar disposto a aceitar novas visões sobre diversos temas, sendo o principal o autocuidado.

É importante compreendermos que o autocuidado associado a prevenção, pode evitar diversos problemas de saúde, sendo um aliado na detecção precoce de doenças. Em alguns casos a situação torna-se aguda por falta de tratamento, mas se buscarmos uma rede de apoio dentro de nossas famílias e a própria equipe de saúde, podemos diminuir os riscos da doença evoluir para uma cronicidade, sequelas e até a morte.

Não precisamos ser uma “máquina”, nem temos essa capacidade, mas busquemos apenas sermos humanos, enxergando que uma armadura é uma fina camada de um elemento que tenta transpassar aos outros, uma imagem irreal de quem nós realmente somos. 

 

Autor: Lázaro Otávio Amaral Marques

Coautoras: Olivia Natália da Silva Velloso e Yane Varela Domingues

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