Embora a pandemia de Covid-19 ainda esteja em andamento, especialistas têm advertido para a diminuição de soft power de países que teriam lidado mal com a situação, dentre eles o Brasil. O aprofundamento da perda de soft power do país tem sido observada desde 2015, ainda no Governo Rousseff e realçada na política externa do Governo Bolsonaro. O índice “The Soft Power 30” indica que entre 2015 e 2019 o Brasil caiu da 23o para a 26o posição em um ranking de 30 países. Neste trabalho, o objetivo é apontar, em caráter preliminar, as razões para essa perda de soft power através da análise da Política Externa Brasileira (PEB). Qualitativamente, por meio de revisão bibliográfica, são identificados como danosos ao soft power (i) a disputa interna entre interesses e visões acerca da projeção internacional brasileira e sua condução pelo chanceler Ernesto Araújo, (ii) a marginalização do multilateralismo e de relações tradicionalmente amistosas com países em desenvolvimento e (iii) os desafios impetrados pela pandemia de Covid-19 e a incapacidade de adoção de medidas responsáveis e responsivas pelo Governo Bolsonaro.
Para o texto na íntegra: https://revistas.ufpr.br/conjgloblal/article/view/79561/44132