3º Congresso Internacional de Cidadania, Espaço Público e Território

O 3º Congresso Internacional de Cidadania, Espaço Público e Território acontece de 3 a 5 de novembro de 2021 no Brasil, na cidade de Pelotas. O evento é promovido pelo Laboratório de Estudos do Comportamento da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Juntamente com o Laboratório, a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFPel realiza este evento online devido à pandemia, com o apoio do Projeto PlaceAge, Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da UFPel e Universidad La Gran Colombia. O Congresso também é desenvolvido com o apoio do LabCom Hospitalar e do Centro de Cidades Saudáveis, Envelhecimento e Cidadania, que faz parte do Programa de Internacionalização Institucional da UFPel – CAPES PRINT. Este é um evento mundial que acontece anualmente em diferentes países; a última foi em Bogotá e promovida pela Universidad La Gran Colombia.

A primeira edição do Congresso surgiu da investigação intitulada “Territórios do medo e seu impacto na vitalidade dos espaços públicos nos setores da Usme (Bogotá, Colômbia) e nas praças centrais de Corsan e URI em Frederico Westphalen (Brasil)” . O Congresso teve sua primeira edição na cidade de Frederico Westphalen no Brasil e foi organizado pela Universidade Regional Integrada (URI) no Campus Frederico Westphalen, em 2019.

O conceito de Cidadania refere-se a um conjunto de direitos e deveres do ser humano e se baseia nos princípios da lei e da igualdade: todos são iguais perante a lei. A cidade caracteriza-se como o principal local para o exercício da cidadania. Isso significa que a cidade deve garantir os meios para que as pessoas se desenvolvam econômica e culturalmente, e a cidade deve ser o resultado da aspiração e da atuação de todos os seus cidadãos, independentemente de raça, religião e condição econômica. Portanto, as políticas públicas de desenvolvimento urbano devem considerar o conceito de cidadania inerente a todas as suas decisões. O direito à cidade refere-se ao acesso a uma boa qualidade de vida por meio de serviços que a cidade deve oferecer a todas as pessoas, como escolas, postos de saúde, hospitais, praças e áreas verdes de lazer, água tratada, esgoto e coleta de lixo. No entanto, nem todas as pessoas que residem na cidade têm igual acesso a esses direitos: a cidadania estabeleceu-se hierarquicamente no mundo, contrariando a concepção de igualdade que assume. Grupos sociais vulneráveis, como pessoas de baixa renda e refugiados, muitas vezes têm seus direitos de cidadania negados na cidade devido a estruturas políticas e sociais que favorecem determinados grupos. Os grupos mais vulneráveis acabam presos no seu local de residência, enquanto os restantes se apropriam do resto da cidade (Freitas & Castilho, 2016).

O conceito de cidadania está diretamente ligado ao de Território. O território está associado à atribuição de valor, significado e um tipo de demarcação espacial que produz uma nova leitura, uma nova relação, um novo vínculo simbólico e existencial da pessoa em sua relação com o mundo e com os demais membros de sua comunidade. Assim, estabelece-se uma condição de apropriação, em que a presença humana é o fator determinante para a determinação de um território (Massara, 2016).

O Espaço Público é onde os cidadãos podem se identificar com as cidades. É pelo significado atribuído a determinados espaços urbanos que eles se tornam lugares de memória para as pessoas, lugares de rememoração de experiências e sentimentos. Fazer parte de uma cidade, de um estado ou de um país não é apenas um estado de direito, mas sobretudo a troca de experiências e a vivência em locais, principalmente públicos, como praças, parques e ruas. Por isso, é importante manter todos os espaços públicos da cidade acessíveis a toda a população como forma de fortalecer a ligação, identificação e compromisso das pessoas com a sua cidade, cultura e território. Não podemos perpetuar a fragmentação da população na cidade; o planejamento urbano tem que ser usado como um instrumento de igualdade para todos (Freitas & Castilho, 2016).

Dentro destes temas, convidamos académicos, investigadores, profissionais e estudantes a participar connosco neste Congresso, de forma a discutir como desenhar cidades saudáveis para todos, sem distinção, respondendo a diferentes impactes ambientais, sociais, culturais e económicos.

Fontes: FREITAS, Lucas Dornas de; CASTILHO, Pedro Teixeira (2016). A Cidade como Espaço de Cidadania: Uma Realidade na Educação? Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 1. Vol. 9. Pp 648-658 Outubro/Novembro. ISSN. 2448-0959.

MASSARA, Bruno (2016). Territórios: formas de compreendê-los e gerenciá-los na metrópole. Ano 3, n.º 6 – “Territórios” ISSN 2359-4705. CHAMADAS | PESQUISA E OUTRAS EDIÇÕES.

Foto: Rio de Janeiro Brasil. Imagem de Jose Guertzenstein do Pixabay.

SAÚDE & CIDADE

Nesta sexta-feira, 18 de junho, às 16h no Brasil, estaremos conversando com a Profª Dra. Danielle Medeiros da Universidade Federal da Bahia sobre o tema SAÚDE, CIDADE e INCLUSÃO. Nosso encontro será via GoogleMeet, peça sua chave por mensagem.

Logo e Identidade Visual

Aqui temos o logotipo do Centro para download. Por favor, adicione nosso logotipo em seus projetos quando estiver apresentando trabalhos, em missões de pesquisa e trabalhos de pesquisa de bolsas relacionados ao Centro.

Centros de Cidades Saudáveis da Organização de Saúde em todo o mundo

Agora um pouco mais sobre outros Centros de Cidades Saudáveis:

1. O projeto Cidades Saudáveis da Organização Mundial da Saúde foi lançado em 1978. Sua ambição é promover a saúde e o bem-estar por meio de ações em nível de autoridades locais individuais. A rede de cidades conectadas tem crescido ao longo dos anos. Existem mais de 2.000 municípios conectados por meio de redes nacionais de Cidades Saudáveis na Europa – com redes semelhantes em todas as regiões do globo.

2. O Centro Colaborador da OMS para Ambientes Urbanos Saudáveis na UWE Bristol promove assentamentos saudáveis e sustentáveis por meio de pesquisa, ensino, consultoria, troca de conhecimento e publicações. Eles trabalham em estreita colaboração com municípios, consultorias de planejamento e autoridades de saúde no Reino Unido, bem como com a rede mais ampla de Cidades Europeias Saudáveis da OMS.

3. Centro para Cidades Saudáveis Globais: Pesquisa de Ação e Parcerias para Maior Equidade e Justiça em Saúde para Pessoas que Vivem em Cidades do Mundo Todo. O Centro para Cidades Saudáveis Globais é uma iniciativa voltada para a ação e engajada na comunidade que utiliza análise científica e política para melhorar a vida e as condições de vida das populações urbanas mais vulneráveis em todo o mundo. Ele realiza isso por meio de pesquisas transversais, treinamento e parcerias comunitárias.

Leituras de férias

O primeiro resultado tangível da nova iniciativa do projeto Cidades Saudáveis da Organização Mundial da Saúde, com muitas pessoas contribuindo com suas ideias, foi um novo livro intitulado Planejamento Urbano Saudável: um guia da OMS para planejamento para as pessoas, publicado em conjunto pela OMS e pela Spon Press. O livro foi adotado pelas cidades europeias e posteriormente pelas redes de Cidades Saudáveis em todo o mundo. Foi traduzido para cinco idiomas.

 

Nova Coletânea de Entendimentos do Programa CAPES PRINT

Informamos que a versão 3 da Coletânea de Entendimentos de Impresso foi disponibilizada no site da Capes na Internet. O documento pode ser acessado por aqui.

A mudança refere-se à pergunta “Os recursos de manutenção do projeto podem ser utilizados para dar suporte a qualquer tipo de publicação? ”, nas páginas 26/27 do documento.

Toda a informação sobre o Programa pode aceder aqui.

Bolsa de professor visitante no Brasil – Professor Cristóbal Bravo Ferretti, da Universidade de Bío-Bío, Chile

O professor Cristóbal Bravo Ferretti, da Universidade de Bío-Bío, Chile, foi aprovado com a Bolsa de Professor Visitante para o Brasil. Ele estará conosco no Centro de Cidades Saudáveis, Envelhecimento e Cidadania de 01 a 31 de março de 2021. As Atividades serão sobre Envelhecimento e Abordagens de Psicologia Ambiental para promover Cidades Saudáveis durante e após a pandemia de COVID-19.

Cristóbal Bravo atualmente trabalha no Departamento de Ciências Sociais da Universidade de Bío-Bío. Cristóbal desenvolve pesquisas em Psicologia Comunitária e Psicologia Social. Seu atual projeto de pesquisa financiado é ‘Significados dos Ambientes Portuários da Região Bío-Bío, Chile: uma abordagem da Psicologia Ambiental’.

Foto: Professor Cristóbal Bravo Ferretti, Psicólogo, Departamento de Ciências Sociais, Doutor em Ciências Humanas.

Expresso da Memória e Centro de Cidades Saudáveis, Envelhecimento e Cidadania

O Projeto Memória Expressa é promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). O Projeto realiza uma roda de conversa todas as sextas-feiras, às 17h, por meio do aplicativo Stream Yard. Os encontros são transmitidos ao vivo pela fanpage do Projeto.

O encontro é coordenado pela professora Juliane Serres, da Universidade Federal de Pelotas, e faz parte do Núcleo Cidades Saudáveis, Envelhecimento e Cidadania.

LabCom e Centro de Cidades Saudáveis, Envelhecimento e Cidadania

O Centro de Cidades Saudáveis, Envelhecimento e Cidadania faz parte do Laboratório de Estudos do Comportamento (LabCom) da Universidade Federal de Pelotas, Brasil. Todas as sextas-feiras, às 16h, via GoogleMeet, o Labcom promove um encontro informal entre pesquisadores, artistas, ativistas, comunidades, ONGs e todos os interessados ​​em temas que abordem INCLUSÃO SOCIAL E BEM-ESTAR PARA TODOS. A ideia é criar um fórum de troca de ideias e conhecimentos, um momento inspirado em nossa realidade globalizada, para promover a inclusão e conexão de todos. Todos podem propor um tema para o próximo Café (e horários alternativos de reunião para se adaptar ao seu fuso horário), é só entrar em contato com o nosso LabCom. Não temos inscrições formais de reuniões, pois a proposta é que você clique no link da sala se quiser e participe sem formalidades.

No dia 20 de novembro de 2020, tivemos nosso primeiro LabCom Cafe BREAKFAST :)) Nosso encontro aconteceu às 10h no horário do Brasil e às 13h no horário do Reino Unido. O professor Ryan Woolrych, da Heriot-Watt University, em Edimburgo, nos trouxe o debate sobre o envelhecimento populacional e o direito à cidade. Ryan trabalha conosco desde 2016, quando liderou o Projeto PlaceAge com a professora Adriana Portella no Reino Unido e no Brasil. Ryan e Adriana formaram essa rede de estudos sobre envelhecimento em 2015, quando foram convidados para o WorkShop ESRC (Economic and Social Research Council) em Londres.

Falta de reuniões presenciais

Só para não esquecermos como é bom trabalhar cara a cara, publicamos aqui o primeiro encontro do Centro de Cidades Saudáveis, Envelhecimento e Cidadania no dia 20 de fevereiro de 2019, na Faculdade de Arquitetura e Planejamento da Universidade Federal de Pelotas, Brasil. Saudades de todos e espero vê-los em breve com uma vacina!

Foto: Professora Adriana Portella, Célia Gonsales, Fernanda Faot, Ligia Maria Chiarelli (Biloca), Nirce Saffer Medvedoski e Juliane Serres, e as Pesquisadoras Associadas Tanara Costa, Sirlene de Mello Sopeña e Moana Belotti do Laboratório de Estudos do Comportamento. 20 de fevereiro de 2019.