Criado em 2001, pela Zootecnista Isabella Dias Barbosa Silveira, durante a sua pós graduação na Universidade Federal de Pelotas – UFPEL, no Programa de Pós-Graduação em Zootecnia – PPGZ, pela necessidade do estudo da Etologia dos animais de produção e seus reflexos no produto, na globalização do mercado e exigências do consumidor em conhecer a procedência dos alimentos de origem animal.
Como a Zootecnia por excelência estuda a produção animal, tornou-se necessário a inclusão desta área de conhecimento e posterior criação do grupo de estudos. Neste grupo são apresentados e debatidos, semanalmente, assuntos relacionados ao bem-estar, comportamento e temperamento dos animais dentro dos sistemas de criação da Região Sul do Rio Grande do Sul – Brasil.
O grupo GECAP conta com 10 pesquisadores nacionais e internacionais, assim como mantêm parcerias e apoio de diferentes instituições, como a Embrapa Pecuária Sul (EMBRAPA-CPPSUL, Bagé, RS), World Society for the Protection of Animals (WSPA, Brasil) e Scottish Agricultural College (SAC, Edinburgh, Escócia), desenvolvendo pesquisas e estudos que compreendam o significado do comportamento dos animais. O grupo também é composto por alunos de graduação e pós-graduação, que recebem treinamento em diferentes técnicas de avaliação ou de metodologias, para auxiliarem nas pesquisas realizadas pelo GECAP.
A palavra ETOLOGIA pode ser entendida como o “estudo da conduta” dos animais e através do conhecimento dinâmico destes pode-se identificar e conhecer melhor a biologia das espécies de interesse econômico para a região, e potencializar a sua criação com melhorias nas práticas de manejo, na interação homem-animal, na genética, bem como nas condições ambientais de criação.
Este grupo possibilita aos seus integrantes a “sensibilidade” de visualizar o objeto de estudo – o animal – da forma como o próprio animal enxerga, sente, reage, percebe e expressa seu estado dentro dos sistemas de produção estudados. Isso coloca o aluno em uma situação privilegiada, ao perceber o quão importante é conhecer a linguagem animal, entender suas necessidades e saber que simples alterações nas práticas de manejo podem otimizar o desempenho zootécnico e atender as exigências do mercado consumidor, além de melhorar a convivência e/ou interação, levando em consideração a senciência animal.