Projeto de extensão da UFPel promove a presevação de patrimônios históricos da cidade

Crianças participam do projeto de extensão da UFPel. Foto: Jefferson Perleberg/Arquivo Pessoal

Por Jefferson Perleberg

Com o objetivo de ensinar sobre educação patrimonial, um projeto da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) busca otimizar os ensinamentos sobre as relíquias da história do município. Conhecido como Turismo, Educação e Cidadania, a proposta de aprendizado é em formato de extensão e cultura, hoje gerenciada exclusivamente pelo curso de Turismo da instituição.

Ao conversar com Giovana Santos, 19, estudante, é possível entender a relevância do projeto, uma vez que o conhecimento sobre os prédios históricos não abrange um considerável número de pessoas. “Mesmo eu morando aqui, eu não conheço porque não saio muito”, conta ela. Além disso, mesmo para quem visita esses espaços, a necessidade de expandir as informações sobre os patrimônios é de grande interesse público.

Como surgiu o projeto?

Inicialmente, o projeto fazia parte da ação “Uma questão de olhar”, realizada em conjunto com a Prefeitura de Pelotas, com a sua criação ocorrida em 2001 – período próximo a instituição do curso de Bacharelado em Turismo na UFPel. Segundo informações da umas das coordenadoras, Dalila Muller, após a realização dessa ação, o curso optou por se desvincular do órgão municipal, a fim de criar um único projeto de extensão e cultura, gerido somente pelo Turismo

Desde o período de sua fundação, o projeto obteve crescimento e atualização. Hoje, três oficinas são realizadas por bolsistas e voluntários com alunos do ensino fundamental e médio de escolas públicas e privadas do município. Nas oficinas, são abordados assuntos como: Educação Patrimonial, Patrimônio de Pelotas, Turismo e Cidadania.

Visitas guiadas ao patrimônio edificado no Centro Histórico, ao redor da Praça Coronel Pedro Osório, tambem são atividades propostas pelo projeto. A visita é disponibilizada a crianças, idosos, deficientes e familiares, associações de moradores e comunidade em geral, além dos próprios alunos participantes das oficinas.

Com o público infantil, em específico, as propostas realizadas são diferentes, já que possuem um carácter de educação lúdica. Em entrevista para o EmPauta, a bolsista Kétrin Gabriela explica a forma como as atividades são desempenhadas no projeto: “Nas oficinas a gente procura deixar as atividades bem dinâmicas, nada muito vertical, bem horizontal com a participação dos alunos”. Nas oficinas, são usados jogos e caça-palavras e, nas visitas, são criados momentos sensoriais por meio de espelhos – para olhar os detalhes arquitetônicos do centro – e vendas para os olhos – a fim de fazer com que as crianças possam tocar os prédios de forma mais intensa.

Foto: Jefferson Perleberg/Arquivo Pessoal

Aproximadamente na metade do roteiro as crianças são convidadas a escrever frases e fazer desenhos com giz de quadro negro, referentes a Pelotas, na calçada da Praça. Pequenos recados sobre o próprio bairro, ou quaisquer outras interpretações sobre o município são escritos logo abaixo da frase previamente escrita: “Pelotas é:”

O projeto possui uma trajetória de 16 anos e continua com um dos seus principais objetivos em execução: a educação patrimonial sendo levada de forma gratuita e acessível a todos. Dessa forma, os patrimônios culturais da cidade são preservados pelas próprias crianças e cidadãos pelotenses.

Foto: Jefferson Perleberg/Arquivo Pessoal

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