Estudantes da UFPel na luta contra a homofobia

por Valquiria Stephan

Combater a homofobia e, de quebra, promover o amor, seja ele hétero, gay, bi, trans. Esta foi a proposta do Beijaço UFPel, que ocorreu nos dias 27 e 28 de agosto, no Restaurante Universitário do Capão do Leão e do centro, respectivamente, no horário de almoço.

O ato, que é de organização de alunos, sem ligação com a UFPel e/ou diretórios e centro acadêmicos, teve início devido a circulação da foto de uma pichação feita no banheiro masculino do RU do centro. A imagem, postada no grupo do Facebook da UFPel, incitava a violência contra homossexuais, o que causou revolta em muitos estudantes e inspirou a ideia do Beijaço.

Visando a necessidade de colocar em pauta a homo-lesbo-bi-trans-fobia, uma causa que vem tirando incontáveis vidas todos os anos, esta corrente pretende combater o preconceito e o ódio gratuito com muito amor e respeito entre os estudantes. O movimento pede apoio às minorias e luta por direitos básicos, como por exemplo, o uso do nome social para trans.

Imagem: Google Imagens

Imagem: Google Imagens

A estudante B.S. foi mais uma das vítimas do preconceito e do machismo: “Minha companheira e eu não temos medo de andar de mãos dadas pelo campus e pela cidade porque sabemos a importância de um pequeno ato para ir, aos poucos, mudando a consciência global. ‘’

Essa é a terceira vez que o Beijaço ocorre na cidade, a primeira edição aconteceu na Praça Coronel Pedro Osório e a segunda no Shopping Pelotas. Ambas como forma de protesto e repúdio aos casos de homofobia dentro da Universidade Federal de Pelotas.

No mesmo dia do Beijaço no RU do centro (28/07) também ocorreu, em frente ao ICH, o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica – dia da comemoração do orgulho lésbico, que existe desde 1996 – em mais um ato de repúdio a lesbofobia, homofobia, racismo e machismo.

“Nós criamos o evento para realmente dar visibilidade, para as pessoas verem que casais homossexuais, com filhos existem, que as pessoas LGBT existem, que nós existimos. Podemos amar, ter filhos e uma família como qualquer outra pessoa. Só queremos o direito de fazer isso.”, disse a estudante M.T. que preferiu não se identificar.

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