Espanha vence a Copa Davis 2019

Por Luís Artur Janes Silva 

No último domingo (24), a Espanha conquistou o seu sexto título da Copa Davis, a mais importante competição de tênis por equipes do mundo. Na decisão, os espanhóis passaram pelo Canadá, ganhando os dois primeiros jogos da melhor de três e garantindo o troféu depois de oito anos de jejum. As finais da Copa Davis aconteceram na cidade de Madri, com jogos que começaram na segunda-feira (18).

Nadal foi o melhor jogador das finais da Copa Davis de 2019. Imagem: Twitter/ Copa Davis.

Realizada desde 1900, a Copa Davis tem o domínio dos Estados Unidos, que conquistou 32 troféus. A seguir, a Austrália (28), França e Grã-Bretanha (10 canecos cada) e Suécia (7) são as outras potências do torneio. Em 2019, a Davis estreou um novo formato de disputa, que contou com 18 países participantes. Croácia, França, Espanha e Estados Unidos garantiram suas vagas porque foram os quatro melhores da edição passada do campeonato. Além destes países, tivemos a participação de Sérvia, Japão, Alemanha, Chile, Bélgica (algoz do Brasil), Austrália, Colômbia, Cazaquistão, Holanda, Itália, Grã-Bretanha e Canadá, que precisaram passar por uma fase eliminatória para obter suas vagas na decisão. Para completar o quadro de participantes, os argentinos e russos receberam convites, justificados pelas posições que ocupam no ranking mundial do tênis.

As dezoito seleções foram divididas em seis chaves, compostas por três países. Os campeões de cada grupo e os dois melhores segundos colocados passariam às quartas de final do campeonato. Nos confrontos entre as seleções, levava o ponto, o time que ganhasse dois duelos em três partidas. Cada enfrentamento teria dois jogos de simples e um de duplas. Caso todos os confrontos chegassem ao terceiro jogo, a primeira fase das finais da Davis teria 54 partidas. Esta possibilidade de excesso de jogos, concentrados em quatro dias, foi duramente criticada pelos detratores deste novo formato da Copa.

As quartas de final da Copa Davis foram compostas por Sérvia (que teve Novak Djokovic), Espanha (que contou com Rafael Nadal), Alemanha, Austrália, Grã-Bretanha, Canadá, Rússia e Argentina. Os convidados russos e argentinos foram os únicos que chegaram a etapa decisiva da competição com derrotas. Nas semifinais, a Espanha garantiu a passagem à próxima fase do torneio no terceiro jogo do duelo, quando Rafael Nadal e Feliciano López bateram a dupla formada por Jamie Murray e Neal Skupski em equilibrados sets diretos (7-6, 7-6).

Enquanto isso, os canadenses, que não participavam de uma decisão da Copa Davis desde 1913, conquistaram a vaga na final ao derrotar a convidada Rússia, também no terceiro jogo. No domingo (24), a decisão entre Espanha e Canadá, começou com o confronto entre Roberto Bautista Agut, número 9 do mundo, e Félix Auger-Aliassime. Agut, que perdera o pai três dias antes, derrotou Aliassime por dois sets a zero (7-6, 6-1). Com esta vitória, coube ao genial Rafael Nadal fechar o enfrentamento com chave de ouro. O melhor tenista do mundo teve dificuldades no segundo set, mas derrotou Denis Shapovalov, com parciais de 6-3 e 7-6, garantindo o caneco para os anfitriões.

Antes de 2019, a Espanha abocanhou a Davis nos anos de 2000, 2004, 2008, 2009 e 2011. Além disso, conquistaram o vice-campeonato em quatro ocasiões (1965, 1967, 2003 e 2012). Excetuando a campanha do primeiro título, todas as outras tiveram a presença de Rafael Nadal, que foi escolhido o melhor jogador das finais da Copa Davis de 2019. O número um do ranking venceu os oito jogos que disputou (5 de simples e três de duplas). Desde 2006, Nadal possui 31 vitórias consecutivas no torneio. Antes disso, em 2004 e 2005, Rafa obteve seis triunfos e cinco derrotas.

Além de Rafael Nadal, a equipe espanhola teve Feliciano López, Pablo Carreno Busta, Marcel Granollers e Roberto Bautista Agut, que foram capitaneados pelo ex-tenista Sergi Bruguera. 

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