Você já ouviu falar do canto gregoriano? Esse estilo musical, que surgiu na Idade Média, é considerado a música litúrgica oficial da Igreja Católica. Mas o que ele tem a ver com os modos eclesiásticos? E o que nós aprendemos com os livros de teoria musical sobre esse assunto?
Um artigo acadêmico de Flávio de Queiroz, da Universidade Federal da Bahia, investiga essas questões e revela as inconsistências e confusões que muitos estudantes de música têm sobre os modos gregorianos. O autor analisa diversos livros de teoria musical, história da música e harmonia, destinados ao público iniciante, e mostra como eles apresentam informações contraditórias, incompletas ou erradas sobre os modos eclesiásticos.
Segundo o autor, os modos eclesiásticos são tipos de escalas musicais que têm suas raízes nas tradições judaicas de recitação salmódica. Eles foram estruturados e unificados no século VI pelo papa São Gregório Magno, que deu origem ao nome canto gregoriano. Os modos gregorianos são monódicos, ou seja, executados por uma só voz sem acompanhamento de instrumentos. Eles também são de ritmo livre, seguindo a acentuação do texto em latim.
O problema é que muitos livros não explicam bem a origem, a nomenclatura e as características dos modos eclesiásticos. Alguns usam os nomes dos antigos povos gregos (dórico, frígio etc.) para designar os modos, outros usam números (1º modo, 2º modo etc.) ou termos do octoechos (protus, deuterus etc.). Alguns confundem modo com escala, outros aplicam conceitos da música tonal (tônica, dominante, relativa etc.) aos modos. Alguns atribuem os modos autênticos e plagais a São Ambrósio e São Gregório, respectivamente, outros não mencionam essas categorias. Alguns ainda não dão nenhum exemplo de canto gregoriano ou dão definições absurdas.
O autor conclui que é preciso revisar os livros de teoria musical e buscar fontes mais confiáveis e atualizadas sobre os modos eclesiásticos e o canto gregoriano. Ele sugere alguns livros mais especializados e específicos sobre o tema, como os de Bewerunge, Bas, Sinzig, Prado e outros. Ele também defende que o canto gregoriano é uma música que toca a alma e que merece ser estudada e apreciada por sua beleza e profundidade.¹²³⁴⁵⁶
(1) LOS MODOS GREGORIANOS O ECLESIÁSTICOS – Aula de María Tardío. https://bing.com/search?q=canto+gregoriano+e+modos+eclesi%c3%a1sticos Acessado 14/06/2023.
(2) Canto gregoriano, modos eclesiásticos: o que aprendemos com os nossos …. https://www.hugoribeiro.com.br/biblioteca-digital/Queiroz-Modos.pdf Acessado 14/06/2023.
(3) Canto gregoriano – Wikipédia, a enciclopédia livre. https://pt.wikipedia.org/wiki/Canto_gregoriano Acessado 14/06/2023.
(4) Canto Gregoriano: a música que toca a alma – Cursos de Canto. https://cursosdecanto.com.br/canto-gregoriano-o-que-e/ Acessado 14/06/2023.
(5) Modos Eclesiásticos o «gregorianos» – LenguajeMusicalconCristina. https://lenguajemusicalconcristina.wordpress.com/2018/05/07/modos-eclesiasticos-o-gregorianos/ Acessado 14/06/2023.
(6) LOS MODOS GREGORIANOS O ECLESIÁSTICOS – Aula de María Tardío. https://aulavirtualmtardio.files.wordpress.com/2013/01/escalas-y-modos.pdf Acessado 14/06/2023.