Início do conteúdo
Projetos de Pesquisa

TÍTULO:  MOVIMENTOS ANTISSISTÊMICOS NO SISTEMA-MUNDO ATUAL

  • Coordenador: Prof. Dr. Charles Pennaforte
  • Vigência: 27/08/2020 – 25/08/2026

RESUMO: O projeto de pesquisa tem como objetivo analisar a realidade antissistêmica internacional a partir da constatação do declínio da primazia estadunidense (WALLERSTEIN,1994; ARRIGHI, 1996) no âmbito da geopolítica, economia e cultura. A realidade capitalista pode ser analisada sob as mais diversas perspectivas teóricas ideológicas. E tem sido ao longo do tempo. Nossa proposta aqui é manter uma tradição ligada ao marxismo sem, contudo cair na perspectiva ortodoxa. Sendo assim, o capitalismo e suas contradições serão avaliadas à luz da ótica do Sistema-Mundo (economia-mundo) proposta por I. Wallerstein. A crise de “hegemonia” dos EUA será de grande importância para a compreensão do nosso projeto, pois tentaremos fazer uma articulação entre esta crise e a ascensão de novos grupos anti hegemônicos/antissistêmicos na América Latina, por exemplo, bem como a atuação da Rússia e da China, por meio dos BRICS, no cenário internacional.

Grupo de Pesquisa CNPq Geopolítica e Mercosul

Site: http://wp.ufpel.edu.br/geomercosul

Laboratório de Geopolítica, Relações Internacionais e Movimentos Antissistêmicos (LabGRIMA) – UFPel

Site: http://wp.ufpel.edu.br/labgrima


TÍTULO: A CIBERSEGURANÇA COMO CENÁRIO DE DISPUTAS GEOPOLÍTICAS CONTEMPORÂNEAS

  • Coordenador: Prof. Dr. Charles Pennaforte
  • Vigência: 01/07/2020 -28/06/2026

RESUMO: Nos anos recentes o ciberespaço consolidou-se como um novo meio de disputa entre os Estados.  As disputas ocorridas entre EUA, Rússia e Coreia do Norte, por exemplo, demonstram a nova fase de disputa entre Estados, bem como a dinamização de seus sistemas cibernéticos nos últimos anos. Esse novo ambiente tem sido utilizado em conjunto com as formas tradicionais de guerra para incrementar o potencial estratégico dos países para sua defesa ou atuação ofensiva.

Grupo de Pesquisa CNPq Geopolítica e Mercosul

Site: http://wp.ufpel.edu.br/geomercosul

Laboratório de Geopolítica, Relações Internacionais e Movimentos Antissistêmicos (LabGRIMA) – UFPel

Site: http://wp.ufpel.edu.br/labgrima


TÍTULO: A “DEMOCRATIZAÇÃO DO INTERNACIONAL” FRENTE À “DESDEMOCRATIZAÇÃO DO NACIONAL”: UMA ANÁLISE DA REGRESSÃO DEMOCRÁTICA COMO FENÔMENO GLOBAL.

  • Coordenadora: Profa. Dra. Luciana Ballestrin
  • Vigência: 03/08/2020 – 02/08/2024

RESUMO: O presente projeto de investigação objetiva verificar a relação entre os processos contemporâneos de desdemocratização nos níveis nacionais e internacional. Parte-se da hipótese básica de que a crise da democracia liberal nos últimos anos possui impactos para o recuo da agenda internacional politicamente orientada para sua extensão ao nível global. Recentemente, diversos tem sido os termos empregados para designar a interrupção do ciclo virtuoso, induzido principalmente após o fim da Guerra Fria, entre democracia e liberalismo no mundo ocidental: “pós-democracia”; “desdemocratização”; “desconsolidação democrática”. No contexto dos anos 1990, diferentes projetos de “democracia global” foram teorizados e debatidos na academia e nas instituições internacionais, contrastando com o status atual que esses projetos desfrutam na agenda internacional (hipótese secundária). Há que se analisar, portanto, se o crescente desprestígio e desapreço democrático que tem sido diagnosticado nos âmbitos domésticos possui influência ou impacto no externo, no que se refere às iniciativas de democratização do internacional.


TÍTULO: MEMÓRIAS DE GAZA – AS PERCEPÇÕES DA VIOLÊNCIA NO TERRITÓRIO PALESTINO OCUPADO

  • Coordenador: Prof. Dr. Fábio Duval
  • Vigência: 04/03/2019 – 18/12/2020

RESUMO: A tão conhecida “Questão Palestina”, como é comumente descrita pela mídia e mesmo nos meios acadêmicos, tornou-se mais acirrada a partir da criação do Estado de Israel. Como resultado dos diversos tipos de perseguições que os judeus sofreram no continente europeu, o Movimento Sionista, articulando-se com as lideranças políticas internacionais, conseguiu apoio da Grã-Bretanha para a Declaração Balfour em 1917, o que contribuiu para a criação do Mandato Britânico sobre a Palestina em 1920, e, posteriormente, em 1947, a votação do Plano de Partilha da Palestina pela ONU e criação de dois Estados na região, o que se deu, parcialmente, em 1948. Como resultado de um processo totalmente exógeno, a guerra entre árabes e judeus tornou-se um fato e, a partir de então, mesmo com a assinatura do armistício em 1949, não foram mais criadas situações para a viabilização de um Estado Palestino na região, perdurando apenas o Estado judeu, Israel. Subsequentemente, as guerras de 1967 e 1973 impuseram uma nova lógica à região e o surgimento de organizações palestinas que não mais estariam dispostas a aceitar os obstáculos para a criação de seu Estado sem um processo de luta. Assim, ainda que o recrudescimento da luta dos israelenses contra a população palestina tenha se tornado realidade, a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), o Hamas, dentre outras organizações, passaram a reivindicar o direito pelo território da Palestina. Esse projeto visa analisar a situação atual da Palestina no intuito de compreender as estratégias dos atores envolvidos no conflito. Para tanto, além da produção de artigos científicos, também serão produzidos um documentário sobre a vida na Palestina, mais particularmente, na Faixa de Gaza; um livro, composto de fotografias e texto, acerca da percepção da violência nos territórios palestinos ocupados, notadamente na Faixa de Gaza; programas de rádio, em parceria com o programa Vozes do Mundo, desenvolvido no âmbito do projeto de extensão ConjuntuRI – Análise de Conjuntura Internacional e veiculado pela Radio.Com – Pelotas, e mini documentários para divulgação em canal do YouTube.


TÍTULO: NEGOCIAÇÕES INTERNACIONAIS: ATORES E DINÂMICAS

  • Coordenadora: Profa. Dra. Silvana Schimanski
  • Vigência: 01/07/2020 – 01/07/2024

RESUMO: As negociações no âmbito das instituições internacionais, tanto de caráter global – como por exemplo, a Organização das Nações Unidas (ONU), Organização Mundial do Comércio (OMC) – quanto regional – como por exemplo, Mercosul, União Europeia, Associação Latino Americana de Integração (ALADI) – envolvem dinâmicas complexas. Indivíduos (diplomatas negociadores) defendem os interesses Estatais (resultantes das diretrizes de política externa, bem como de processos decisórios domésticos) em um contexto pautado por princípios, normas, regras e procedimentos para tomada de decisão, característicos de cada instituição ou regime internacional (KRASNER, 1983; ROSENAU, 2000). Diferente das negociações privadas, ou mesmo, das negociações bilaterais, as negociações multilaterais em Organizações Internacionais tendem a se prolongar ao longo de anos e se desenvolvem em diferentes fases. Basicamente, envolvem um período preparatório, no qual propostas são apresentadas; um período no qual as propostas são discutidas, a fim de se alcançar uma fórmula que leve a acordo; e, por fim, um período sobre os detalhes e resultados (ZARTMAN, BERGMAN, 1982). Nesse sentido, sob a ótica das abordagens teórico-conceituais das negociações internacionais e considerando o âmbito das organizações internacionais, este projeto se propõe a desenvolver ações que permitam analisar as dinâmicas negociadoras em diferentes contextos institucionais. Trata-se de um projeto que contribui com o eixo estruturante de formação acadêmica em Relações Internacionais: Instituições, Regimes e Organizações Internacionais.


TÍTULO: GOVERNANÇA DE ÁGUAS: BACIAS HIDROGRÁFICAS TRANSFRONTEIRIÇAS

  • Coordenadora: Profa. Dra. Fernanda de Moura Fernandes
  • Vigência: 01/09/2020 – 01/09/2022

RESUMO: A pesquisa se propõe a analisar a gestão compartilhada da bacia hidrográfica Mirim-São Gonçalo, situada entre os territórios de Brasil e Uruguai, bem como sua implementação e atual funcionamento. No que tange a governança de águas internacionais, a Organização das Nações Unidas (ONU) deu um passo decisivo ao estabelecer em 1992 a Declaração de Dublin sobre Água e Desenvolvimento Sustentável. As bacias hidrográficas foram reconhecidas como unidades territoriais com características físicas e sociais próprias, cuja gestão deve ser integrada, descentralizada, participativa e promotora da igualdade de gênero. No caso das bacias hidrográficas transfronteiriças, como a bacia Mirim-São Gonçalo, parte-se da premissa de que o desafio em estabelecer este modelo de governança é ainda mais complexo, devido principalmente: (a) diversidade de marcos legais, institucionais, políticas, planos e ações em ambos os países; e (b) a multiplicidade de atores (governamentais e não governamentais) e de interesses que incidem sobre os usos da água tanto no Brasil quanto no Uruguai. Desta forma, a pesquisa se insere no debate sobre governança de águas internacionais e a gestão de recursos hídricos, buscando verificar a existência de lacunas no funcionamento das normas e instituições compartilhadas; a existência de sistemas de informação e ferramentas que promovam a coordenação e a integração entre os diferentes atores que interagem nesta bacia hidrográfica; e a baixa participação dos atores locais no processo decisório sobre os usos da água.


TÍTULO: BRICS E CHINA: UMA ANÁLISE DA POLÍTICA INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEA

  • Coordenador: Prof. Dr. William Daldegan de Freitas
  • Vigência: 01/06/2021 – 01/06/2025

RESUMO: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul formam o BRICS. Diferentes em inúmeros aspectos, esses países têm mantido reuniões regulares desde 2009 para tratar pautas da agenda internacional. As diferenças não impedem que consensos sejam criados no BRICS, como também não geram quaisquer constrangimentos para iniciativas individuais e paralelas de seus membros. Alguns exemplos são: o Fórum de Diálogo IBAS, a Organização para Cooperação de Xangai (SCO), a Parceria Econômica Regional Abrangente (RCEP) e a Iniciativa do Cinturão e Rota (BRI). A China tem destaque nos três últimos sendo promotora da BRI. Ora, a multiplicidade de iniciativas concomitante ao BRICS e, sobretudo, a participação da China nelas, suscita questionamentos acerca da interação entre os cinco membros e as ambições envolvidas. Especialmente o fato de que, apesar da não formalização, o BRICS permanece uma arena política para interação de seus membros. Diante do exposto, toma-se como problema de pesquisa a análise da política internacional contemporânea (2009 – dias correntes) na qual o Brics, em especial a China, tem adotado ações individuais de promoção de acordos e alianças em detrimento do aprofundamento da interação e das potencialidades no âmbito do BRICS.

Grupo de Pesquisa Economia, Política e Desenvolvimento Sustentável

Site https://wp.ufpel.edu.br/epdi/


TÍTULO: ESTADO, MERCADO, DESIGUALDADE: UM DEBATE ACERCA DO DESENVOLVIMENTO INTERNACIONAL

  • Coordenador: Prof. Dr. William Daldegan de Freitas
  • Vigência: 28/09/2020 – 28/09/2024

RESUMO: O Estado, além do seu território, povo e instituições, detêm poder e riqueza. O Mercado, espaço donde os fluxos financeiros e comerciais são transacionados, também pode ser considerados detentor de poder e riqueza. Todavia, poder e riqueza são mensurados a partir de parâmetros nem sempre claros. Estes, por vezes, conformam-se na desigualdade. O debate acerca do desenvolvimento internacional exige, pois, um esforço analítico que abarca as interações entre Estado e Mercado permeados por padrões de desigualdade. O desenvolvimento internacional é, portanto, reflexo de um conjunto de ações e estratégias, exitosas ou não, aplicadas ao longo do tempo por diferentes atores imersos num sistema internacional em constante transformação.

Grupo de Pesquisa Economia, Política e Desenvolvimento Sustentável

Site https://wp.ufpel.edu.br/epdi/