OMS pede ação global para reduzir o consumo de bebidas açucaradas e seus impactos na saúde

acucar

Tributar bebidas açucaradas pode baixar seu consumo e reduzir a obesidade, diabetes tipo 2 e cáries dentárias, afirma um novo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS). As políticas fiscais que levam a um aumento de pelo menos 20% no preço de venda desses produtos resultaria em reduções proporcionais do consumo, de acordo com o “Fiscal policies for Diet and Prevention of Noncommunicable Diseases (NCDs)”, disponível em inglês.

A diminuição do consumo de bebidas açucaradas significa uma menor ingestão de “açucares livres” e calorias no geral, uma melhor nutrição e menos pessoas sofrendo com sobrepeso, obesidade, diabetes e cárie dentária.

Os açucares livres se referem aos monossacarídeos (como glicose ou frutose) e dissacarídeos (como sacarose ou açúcar de mesa) adicionados aos alimentos e bebidas pelo fabricante, cozinheiro ou consumidor – e açucares naturalmente presentes no mel, xaropes, sucos de frutas e suco de frutas concentrados.

Obesidade em ascensão

“O consumo de açucares livres, incluindo produtos como bebidas açucaradas, é um fator importante para o aumento global do número de pessoas que sofrem de obesidade e diabetes”, disse Douglas Bettcher, Diretor do Departamento de Prevenção às Doenças Crônicas Não Transmissíveis da OMS. “Se os governos tributam produtos como bebidas açucaradas, podem reduzir o sofrimento e salvar vidas. Podem também diminuir os custos e aumentar as receitas para investir em serviços de saúde.”

Em 2014, mais de um em cada três (39%) adultos em todo o mundo, com 18 anos ou mais, estava acima do peso. A prevalência mundial da obesidade mais do que dobrou entre 1980 e 2014, com 11% de homens e 15% de mulheres (mais que meio bilhão de adultos) sendo classificados como obesos.

Além disso, estima-se que 42 milhões de crianças com menos de 5 anos de idade estavam acima do peso ou obesas em 2015, um aumento de cerca de 11 milhões durante os últimos 15 anos. Quase metade (48%) dessas crianças vive na Ásia e 25% na África.

O número de pessoas que vivem com diabetes também tem aumentado – de 108 milhões em 1980 para 422 milhões em 2014. A doença foi diretamente responsável por 1,5 milhão de mortes apenas em 2012.

Necessidade de reduzir ingestão de açúcar

“Nutricionalmente, as pessoas não precisam de qualquer tipo de açúcar em suas dietas. A OMS recomenda às pessoas que consomem esses produtos a manter a ingestão abaixo de 10% de suas necessidades totais de energia e reduzi-la para menos de 5% para benefícios adicionais à saúde. Isso é equivalente a menos de uma porção (pelo menos 250 ml) de bebidas açucaradas comumente consumidas por dia”, afirmou Francesco Branca, Diretor do Departamento de Nutrição para Saúde e Desenvolvimento da OMS.

De acordo com o novo relatório da OMS, pesquisas alimentares nacionais indicam que bebidas e alimentos ricos em açucares livres podem ser uma grande fonte de calorias desnecessárias na dieta das pessoas, particularmente no caso de crianças, adolescentes e jovens adultos. O documento também aponta que alguns grupos, incluindo pessoas que vivem com baixo rendimento, jovens e aqueles que consomem com frequência alimentos e bebidas pouco saudáveis são mais responsivos às mudanças nos preços dos produtos e, por isso, podem obter os maiores benefícios na saúde.

Políticas fiscais para reduzir o consumo

As políticas fiscais devem focar em alimentos e bebidas para os quais existem alternativas mais saudáveis disponíveis, acrescenta o relatório.

O documento apresenta os resultados de uma reunião em meados de 2015 com especialistas mundiais convocados pela OMS e uma investigação de 11 revisões sistemáticas recentes sobre a eficácia das intervenções de política fiscal para melhorar as dietas e prevenir doenças crônicas não transmissíveis, além de uma reunião técnica de especialistas internacionais. Entre os achados, também estão:

• Subsídios para frutas frescas e vegetais que reduzem os preços entre 10 e 30% podem aumentar o consumo desses alimentos.
• A tributação de certos alimentos e bebidas, particularmente aqueles ricos em gorduras saturadas, gordura trans, açucares livres e/ou sal se mostra promissora, com evidências claras indicando que os aumentos nos preços de tais produtos reduz seu consumo.
• Impostos especiais de consumo, tais como aqueles usados sobre os produtos derivados do tabaco, que aplicam um montante específico de imposto sobre uma determinada quantidade ou volume do produto, ou ingrediente em particular, podem ser mais eficazes que a venda ou outros impostos baseados em uma porcentagem do preço de varejo.
• O apoio público para tais aumentos de impostos poderia ser estimulado se as receitas geradas fossem destinadas aos esforços para melhorar os sistemas de saúde, encorajar dietas mais saudáveis e aumentar a atividade física.

Alguns países têm tomado medidas fiscais para proteger as pessoas de produtos não saudáveis. Entre eles estão o México, que tem implementado um imposto sobre bebidas não alcoólicas com adição de açúcar, e a Hungria, que impôs um imposto sobre os produtos com altos níveis de açucares, sal e cafeína.

Países como as Filipinas, África do Sul, Reino Unido e Irlanda do Norte também anunciaram a intenção de implementar impostos sobre bebidas açucaradas.

Notas aos editores

Como parte de medidas de políticas abrangentes para melhoria da saúde, a OMS convocou os governos a usar medidas fiscais em seus “Global Action Plan on the Prevention and Control of NCDs 2013–2020” e “Comprehensive Implementation Plan on Maternal, Infant and Young Child Nutrition” e, mais recentemente, em uma comissão para acabar com a obesidade infantil.

Em 2012, 38 milhões de pessoas perderam suas vidas em decorrência de doenças crônicas não transmissíveis, 16 milhões (ou 42%) morreram prematuramente (antes dos 70 anos) por condições em grande parte evitáveis. Mais de 80% das pessoas que morrem prematuramente por essas enfermidades estavam em países em desenvolvimento. Os governos se comprometeram a reduzir as mortes por doenças crônicas não transmissíveis e a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável inclui uma meta para reduzir em um terço as mortes prematuras provocadas por diabetes, câncer, coração e pulmão até 2030.

Na Segunda Conferência Nacional sobre Nutrição em 2014, os governos se comprometeram também a reformular seus sistemas alimentares e esse é o principal objetivo da Década de Ação sobre Nutrição 2016-2025 das Nações Unidas.

http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5264%3Aoms-pede-acao-global-para-reduzir-o-consumo-de-bebidas-acucaradas-e-seus-impactos-na-saude-&Itemid=839

Amostra Ano Internacional das Leguminosas UFPel

Fazendo parte da semana da alimentação, o grupo de estudos Núcleo de Estudos em Nutrição, Gastronomia e Saúde (NNUGS) da UFPel, realizará uma amostra sobre as Leguminosas, com o tema “AMOSTRA DO ANO INTERNACIONAL DAS LEGUMINOSAS UFPEL”.

Serão expostas em mesas e painéis algumas leguminosas, e apresentados benefícios e formas de utilização, assim como receitas para o público experimentar. Venha aprender um pouco mais sobre este grupo de alimentos, tão importante para nossa saúde!

O evento será realizado para a Semana da Alimentação, em torno do Dia Mundial da Alimentação, instituído no dia 16 de outubro pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

Alunos da UFPel e pessoas de fora são bem-vindos!
Não é necessário realizar inscrição.
Aguardamos vocês no dia 20/10/16 das 09:00 às 17:00, na Faculdade de Nutrição, 2 andar do Campus Anglo.

Selo indígena valoriza produção Kaingang gaúcha

O selo dá visibilidade à produção indígena, além de informar ao consumidor a origem do produto

selo

O Povo Kaingang, da Terra Indígena Guarita, no Rio Grande do Sul, foi a primeira comunidade no Brasil a receber o Selo Indígenas do Brasil, que indica que o produto foi cultivado ou coletado numa terra indígena ou por um indígena participante do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
A conquista do selo veio em dezembro do ano passado. A iniciativa partiu do então Ministério do Desenvolvimento Agrário, agora, Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead); e do Ministério da Justiça; com o apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai). O objetivo é dar visibilidade à produção indígena, além de informar ao consumidor a origem cultural, étnica e territorial dos produtos.
A reserva Indígena Guarita abrange três municípios: Erval, Redentora e Tenente Portela. É nessas localidades que os índios cultivam alimentos orgânicos como feijão, com destaque para o preto; batata doce, mandioca, moranga, abóbora, cana de açúcar, amendoim, arroz e diversas variedades de milho crioulo.
“O milho é transformado em pratos típicos da cultura indígena, como o pisé, canjica, farinha de milho e pão na cinza. Eles também fazem um artesanato muito colorido. Tudo isso se identifica com o resgate dos “saberes e sabores”, é a revitalização da cultura indígena”, destaca o coordenador geral da Cooperativa Agropecuária dos Agricultores Familiares de Tenente Portela (Cooperfamiliar), Valmor Machado Soares.
Os alimentos e o artesanato dos kaingangs são vendidos por meio da Cooperfamiliar diretamente ao consumidor ou para os programas de compras públicas governamentais, como Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).  “Dos 386 cooperativados, 47% são indígenas”, fala Soares.
Alimentação Escolar
Os principais consumidores dos alimentos indígenas, por enquanto, são os alunos das escolas públicas municipais de Tenente Portela e de Redentora e da escola estadual da Terra Indígena Guarita. Conforme Soares, a cooperativa comercializa em média, por semestre, R$ 220 mil em alimentos para o PNAE. “Comercializamos vários produtos cultivados pelos povos indígenas. Por ano, somente de feijão, vendemos mais de 30 toneladas para o PNAE, sem contar os outros alimentos”, fala.
Os kaingangs gaúchos participam também de feiras nacionais. No ano passado, eles expuseram na 2ª Feira Nacional da Agricultura Tradicional Indígena, realizada juntamente aos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas em Palmas, no Tocantins. Neste ano, a produção da comunidade esteve presente nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Para o engenheiro agrônomo kaingang e colaborador da Cooperfamiliar Zico Ribeiro, o selo agregou valor à produção indígena. Ele conta que antes a comunidade indígena produzia para subsistência e vendia informalmente. “O selo juntamente com assistência técnica e apoio à organização da produção agregou valor aos produtos”, afirma.
A Cooperfamiliar tem três unidades de processamento de alimentos, que estão passando por adequações jurídicas. Nessas unidades, os alimentos in natura são beneficiados, processados, embalados, rotulados e identificados com o selo de origem. Após o processo, são vendidos e comercializados por meio da central de alimentos da agricultura familiar e artesanato.
Como adquirir do selo indígena:
Interessados em solicitar o selo, devem requerê-lo na Sead, juntamente com a documentação emitida pela Funai, como a declaração de produtor indígena. A requisição é gratuita, sendo necessário que o indígena já tenha a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP)  Para mais informações sobre como adquirir a identificação, acesse o site da Funai ou baixe a cartilha de orientação.
Dúvidas frequentes
O que é o Selo Indígenas do Brasil?
É um selo de identificação de origem. O Selo Indígenas do Brasil indica que o produto foi cultivado ou coletado numa terra indígena por um indígena participante do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar.
Quem pode solicitar o Selo Indígenas do Brasil?
•    Produtor individual indígena de terra indígena delimitada, isto é, cujo Relatório Circunstanciado de Identificação e Delimitação tenha sido publicado no Diário Oficial da União, e que possua a Declaração de Aptidão ao Pronaf-DAP;
•    Associações ou cooperativas indígenas que possuam DAP;
•    Associações ou cooperativas indígenas que não possuam DAP; e
•  Associações, cooperativas ou empresas cujos produtos tenham participação relevante na agricultura familiar indígena.
Fonte: http://www.mda.gov.br/sitemda/noticias/selo-ind%C3%ADgena-valoriza-produ%C3%A7%C3%A3o-kaingang-ga%C3%BAcha

O consumo de ultraprocessados também está associado a menor desempenho acadêmico

article_image

Nova pesquisa sugere que consumo frequente dos ultraprocessados estão prejudicando apenas a saúde física e corporal das crianças, mas também o desempenho acadêmico.

A maioria dos pais já conhece os efeitos, associados ao ganho de peso, que a alimentação regular em redes de fast food traz para seus filhos (basta perguntar para o McDonald’s como andam as vendas do McLanche “Feliz”). Mas uma nova pesquisa sugere que a obesidade é apenas um dos efeitos da alimentação não saudável. Parece que os ultraprocessados estão prejudicando não só o físico, mas também o cérebro das crianças.

“A pesquisa tem foco na relação entre consumo alimentar e a epidemia de obesidade infantil”, diz Kelly Purtell da Universidade do Estado de Ohio, que liderou a pesquisa recentemente publicada no “Clinical Pediatrics”.  Kelly diz ainda que encontrou evidências científicas que associam o consumo de alimentos das redes de fast food a um menor rendimento acadêmico.

A pesquisa foi realizada em 8.544 escolas americanas, com crianças de 10 anos que deveriam responder com qual frequência elas faziam refeições em redes de fast food, como McDonalds, Pizza Hut, KFC e Burger King. A frequência de consumo foi associada às notas de matemática, ciências e leitura.

Crianças com o hábito de consumir alimentos das redes de fast food diariamente tinham notas piores que as demais. Em ciências, por exemplo, os consumidores diários de fast food chegaram a apresentar até 4 pontos a menos que aqueles que nunca consumiram fast food.

Sabe-se que nos Estados Unidos, o maior consumo de ultraprocessados está associado a famílias de baixa renda, que na maioria das vezes não dispõe de recursos para ajudar as crianças a melhorarem seu desempenho escolar.  Mas os pesquisadores foram cuidadosos com variáveis que podiam levar ao erro, como indicadores socioeconômicos, prática de atividade física e tempo gasto assistindo TV.

A pesquisa mostrou ainda que:

– 52% das crianças comem ultraprocessados mais de 3 vezes na semana;

– 10% consomem esses alimentos entre 4 e e 6 vezes na semana;

– 10% consomem ultraprocessados diariamente

Fonte: http://ecos-redenutri.bvs.br/tiki-read_article.php?articleId=1772

Fitoterápicos deverão comprovar ausência de agrotóxicos

Laboratórios têm até 2018 para implantar metodologias específicas de análise de agrotóxicos em medicamentos obtidos a partir de extratos vegetais.

Os detentores de registros e notificações de fitoterápicos terão até o dia 1º de janeiro de 2018 para apresentarem as avaliações de resíduos de agrotóxicos e afins em drogas e derivados vegetais utilizados em sua fabricação. A análise envolve a verificação da presença de resíduos constantes em compêndios oficiais, lista de agrotóxicos selecionados, a ser publicada em breve pela Anvisa, e outros resíduos de agrotóxicos com potencial de ocorrência na região de cultivo ou coleta, a serem definidos pelo fabricante ou fornecedor.

O novo prazo  está na resolução RDC 93/2016 publicada em julho, no Diário Oficial da União.

A medida já estava prevista na resolução RDC 26/2014 publicada há dois anos durante a modernização das regras de registro de medicamentos fitoterápicos e notificação de produtos tradicionais fitoterápicos. O prazo até janeiro de 2018 foi fixado porque para a implantação destas análises é necessário o desenvolvimento de metodologias específicas. Como até recentemente esta exigência para fitoterápicos não existia no Brasil, os laboratórios fabricantes de medicamentos e aqueles prestadores de serviços ainda não se encontram aptos para realização destas análises, sendo necessário um prazo adicional para que, por meio dos investimentos necessários em equipamentos e tecnologia, estejam aptos e autorizados para a análise de agrotóxicos neste tipo de produto.

Droga e derivado vegetal

Pela legislação, droga vegetal é a planta medicinal, ou suas partes, que contenham as substâncias terapêuticas após o processo de coleta/colheita, estabilização e processamento, podendo ser encontrada na forma íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada. Derivado vegetal é o produto da extração da planta medicinal fresca ou da droga vegetal, que contenha as substâncias responsáveis pela ação terapêutica, podendo ocorrer na forma de extrato, óleo fixo e volátil, cera, exsudato e outros.

Fonte: http://portal.anvisa.gov.br/noticias/-/asset_publisher/FXrpx9qY7FbU/content/drogas-vegetais-e-derivados-deverao-comprovar-ausencia-de-agrotoxico/219201?p_p_auth=hjkIAmM1&inheritRedirect=false&redirect=http%3A%2F%2Fportal.anvisa.gov.br%2Fnoticias%3Fp_p_auth%3DhjkIAmM1%26p_p_id%3D101_INSTANCE_FXrpx9qY7FbU%26p_p_lifecycle%3D0%26p_p_state%3Dnormal%26p_p_mode%3Dview%26p_p_col_id%3Dcolumn-3%26p_p_col_count%3D4

ONU quer regular comerciais de alimentos e bebidas nas Olimpíadas

Relatores especiais da organização pediram ao Comitê Olímpico Internacional que suspendam o uso das imagens dos Jogos Olímpicos em comerciais que promovam o consumo alimentos ricos em açúcar ou gordura.

OMS

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

Dois relatores especiais da ONU para os Direitos Humanos pediram ao Comitê Olímpico Internacional que implemente protocolos para regular os comerciais de alimentos ricos em gordura e bebidas açucaradas.

Eles querem impedir o uso dos Jogos Olímpicos em comerciais e outras atividades de promoção que incentivem o consumo de “junk food” e também de refrigerantes, especialmente para crianças e famílias.

Doenças Crônicas

O pedido foi feito pela relatora sobre o direito à comida, Hilal Elver, e pelo relator sobre o direito à saúde, Dainius Puras.

Segundo os especialistas, “dietas pouco saudáveis representam uma das principais causas de doenças crônicas e morte precoce de acordo com uma pesquisa recente da Organização Mundial da Saúde”.

Eles afirmaram que “o consumo de comidas processadas, com alto nível de sódio, açúcar e gordura saturada, está contribuindo para doenças do coração, diabetes e vários tipos de câncer”.

Os relatores especiais disseram que os comerciais ajudam a mudar os padrões de alimentação impulsionando hábitos pouco saudáveis e encorajando a dependência desse tipo de comida.

Índices de Obesidade

Para eles, isto representa uma preocupação particular quando eventos esportivos com grande audiência, inclusive de crianças, promovem alimentos que não são saudáveis.

Os especialistas explicam que a “promoção dessas comidas por atletas é problemático porque cria a impressão de que eles consomem regularmente esse tipo de alimento”.

Elver e Purias deixaram claro que “comerciais de junk food através do esporte enviam a mensagem errada”. Eles disseram que os eventos esportivos, incluindo as Olimpíadas, devem ter como foco a promoção de dietas e de estilos de vida saudáveis.

Por causa desse consumo, muitos países estão vendo aumentar os índices de obesidade da população.

Atualmente, 41 milhões de crianças menores de cinco anos estão acima do peso e se a tendência continuar, 70 milhões de crianças estarão acima do peso ou obesas até 2025.

Fonte: http://www.unmultimedia.org/radio/portuguese/2016/08/onu-quer-regular-comerciais-de-alimentos-e-bebidas-nas-olimpiadas/#.V72SRZgrLIW

Ingestão de arginina está associada ao estresse oxidativo

861--carne-assada
Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) conduziram um estudo populacional através do qual constataram que a alta ingestão de proteína e arginina a partir do consumo de carne, foi associada com o estresse oxidativo, independentemente da genética, estilo de vida e fatores bioquímicos.
Publicado na revista Nutrition, os dados vieram do Inquérito de Saúde de São Paulo (ISA-Capital), um estudo de base populacional transversal realizado no Brasil com 549 adultos. O consumo alimentar foi estimado através de um recordatório de 24 horas. O estresse oxidativo foi avaliado pela concentração plasmática do malondialdeído (MDA). O MDA é um produto final da peroxidação lipídica, principalmente proveniente do ácido araquidônico, um membro da família dos ácidos graxos ômega-6. A produção excessiva de MDA contribui para o aumento da resposta inflamatória por ativação de citocinas pró-inflamatórias.
Foram realizadas análises estatísticas utilizando modelos gerais de regressão linear ajustados por genética, estilo de vida e para fatores de confusão, como idade, gênero, IMC (índice de massa corporal), tabagismo, atividade física, consumo de frutas e vegetais, energia e aminas heterocíclicas, níveis de proteína C-reativa, além de polimorfismos nos genes envolvidos no estresse oxidativo: GSTM1 (glutationa S-transferase Mu 1) e GSTT1 (glutationa S-transferase teta 1).
Os resultados demonstraram que os níveis de MDA foram diretamente proporcionais ao consumo de carne (p para tendência linear = 0,031), ao consumo de proteína a partir da carne (p para tendência linear = 0,006), e ao consumo de arginina a partir da carne (p para tendência linear = 0,044). No entanto, os resultados não apresentaram associações significativas entre os níveis de MDA e a ingestão de proteína total e proteína vegetal (p> 0,05).
“Este é o primeiro trabalho de base populacional a sugerir uma ligação entre a alta ingestão de proteína e arginina e estresse oxidativo, que é uma das principais causas de câncer e doenças relacionadas à idade”, concluem os autores. No entanto, os autores chamam a atenção para algumas limitações no estudo, como a utilização do recordatório de 24h, método que pode ter pouco poder estatístico para detectar associações, assim como o fato de não terem sido capazes de quantificar a arginina nos indivíduos do estudo.
Fonte: http://www.nutritotal.com.br/notas_noticias/index.php?acao=bu&id=861

Estudo encontra relação direta entre consumo de frutas e níveis de felicidade

Foi publicado recentemente no renomado periódico cientifico American Journal of Public Health, um estudo feito pela Universidade de Warwick, na Inglaterra e pela Universidade de Queensland na Austrália, onde 12.385 pessoas foram acompanhadas durante dois anos sobre hábitos no consumo de frutas e sua relação com níveis de felicidade. Constatou-se que o consumo crescente de até o limite de 8 porções de frutas por dia pode levar as pessoas a uma maior sensação de felicidade e bem estar, sendo esta sensação comparada a de se conseguir um emprego depois de um longo período desempregado.

Figura 1 – Mudanças longitudinais no consumo de frutas e vegetais e mudanças longitudinais na satisfação com a vida em indivíduos australianos (n=12.385): Senso Australiano sobre renda, dinâmica de trabalho e condições de moradia na Austrália, 2007 e 2009.

Ainda não se sabe com certeza por qual razão isso acontece, mas os pesquisadores acreditam estar relacionado aos antioxidantes presentes nas frutas e verduras.

Para mostrar a importância do consumo de frutas e verduras, o governo Australiano fez uma campanha pública para encorajar a alimentação saudável em diferentes estados. O objetivo foi mudar as decisões sobre as escolhas alimentares dos indivíduos, aumentando assim o consumo de frutas e verduras.

De acordo com uma revisão da literatura cientifica a ser publicada na revista científica Journal of Human Growth and Development da USP, todos os estudos analisados mostraram uma baixa prevalência da população brasileira no consumo de frutas, independente da idade, ou região do país. Na Pesquisa de Orçamento Familiar 2008-2009, foi constatado que 90% dos brasileiros não consomem a quantidade de frutas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde, de 400g por dia. Outro dado importante dessa publicação, foi que um estudo realizado com crianças na região sul do Brasil (3 a 8 anos), mostrou que o consumo médio de frutas era menor que uma porção diária.

Além da grande importância do consumo adequado de frutas no tocante a saúde de crianças e adultos, cada vez mais estudos vêm comprovando que o aumento do consumo de frutas em diferentes momentos do dia pode impactar também a saúde emocional das pessoas.

Fonte: http://view.comunicacao.ganep.com.br/?qs=f2d381bdbb208ee304525332e58a1c15c07f7fc8df86654c2beec0af2e42b6fed8d07c52c2d16ab9ab09d49e0c5d661da329ccafa54366dd09f9df0cc1054adc

MS passa a comprar apenas alimentos saudáveis

ministério

Todas as compras realizadas pelo Ministério da Saúde e entidades vinculadas ao MS serão, obrigatoriamente, saudáveis. É o que define portaria assinada dia 7 pelo ministro Ricardo Barros durante evento de divulgação dos hábitos alimentares dos brasileiros. O texto cria diretrizes para a promoção da alimentação saudável e adequada nas unidades do Ministério da Saúde de todo o país.
Segundo a portaria, restaurantes, cantinas e lanchonetes que funcionarem nas dependências do MS e de suas entidades devem fornecer alimentos in natura ou minimamente processados – ou seja, que são a base para uma alimentação nutricionalmente balanceada e saborosa – e preparações culinárias que contemplem todos os grupos alimentares, como cereais, raízes e tubérculos, verduras e legumes, frutas, castanhas e outras oleaginosas, leite e derivados, carnes, ovos e pescados. Esses tipos de alimentos são os que o Guia Alimentar para a População Brasileira definem como saudáveis.
“A mudança precisa acontecer de dentro para fora”, justificou o ministro ao explicar que a portaria passa a valer, inicialmente, para todas as unidades do Ministério da Saúde. Mas o objetivo é estendê-la aos demais órgãos do governo federal, dos estados e dos municípios. O ministro pretende, ainda, incentivar que alunos das escolas públicas aprendam sobre alimentação saudável no âmbito do Programa Saúde na Escola (PSE), cuja gestão é compartilhada com o Ministério da Educação (MEC).
A coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição, Michele Lessa, explicou de maneira bem clara que o objetivo é criar ambientes promotores de escolhas alimentares saudáveis e alertou: “Se na lista de ingredientes do rótulo de algum alimento tiver muitos nomes estranhos, muitos aditivos, corantes e muitos nomes que você não conhece: é um ultraprocessado e faz mal a saúde”, ressaltou. “É preciso descascar mais e desembalar menos”, resumiu.
As diretrizes da portaria valem também para os eventos organizados pelo Ministério da Saúde ou por empresas contratadas para o fornecimento de refeições, como coffee-breaks, coquetéis e almoços. Além disso, a portaria proíbe a venda direta, a promoção, a publicidade ou a propaganda de alimentos ultraprocessados com quantidades excessivas de açúcar, gordura e sódio e determina ainda o estabelecimento de critérios para a contratação de serviços de alimentação que funcionem nas dependências do Ministério e vinculadas.
Elaboração de refeições saudáveis
Durante o evento, ocorrido na sede do Ministério da Saúde, em Brasília, foi lançado o Guia Para Elaboração de Refeições Saudáveis em Eventos e outros materiais para auxiliam na adoção desse tipo de prática. O objetivo é contribuir para a melhoria da qualidade das refeições e para auxiliar profissionais de saúde a promover a alimentação saudável.
As orientações da publicação deverão ser consideradas na elaboração de termos de referência ou processos para contratação de empresas de refeição (coffee breaks, brunchs, coquetéis, almoços). “É preciso evitar o gasto público com coisas que fazem mal à saúde da população”, destacou Michele Lessa.
ACESSE O GUIA para elaboração de refeições saudáveis em eventos
Fonte: Ministério da Saúde

Refrigerante é o sexto alimento mais consumido por adolescentes

Entre os 20 alimentos mais consumidos pelos adolescentes brasileiros, os refrigerantes estão entre os seis primeiros, à frente das hortaliças, e as frutas sequer aparecem na lista. Os dados são do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA) realizado pelo Ministério da Saúde e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que aponta ainda índice de 8,4% de obesidade entre meninos e meninas de 12 a 17 anos.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, assinou nesta quinta-feira (7), portaria que traz as diretrizes para promoção da alimentação saudável nas unidades da pasta em todo o país. A proposta é estender essas regras aos demais órgãos e entidades da administração direta federal. O ministro também apresentará proposta para mudança legislativa a ser aplicada às escolas públicas e privadas. “Precisamos reduzir as causas e os danos por comportamentos de riscos, como sedentarismo e uma alimentação rica em sódio e açúcar, que levam a doenças como obesidade e hipertensão”, destacou.

Confira aqui a apresentação completa

Guia Alimentar para a População Brasileira

Segundo o ministro, a mudança precisa acontecer de dentro para fora. Por isso, o lançamento dessa portaria, que passa a valer, inicialmente, para todas as unidades do Ministério da Saúde. O objetivo é estender as diretrizes aos demais órgãos do governo federal. “As refeições pagas com recursos da pasta e ofertadas em todas as unidades vinculadas devem seguir o protocolo de Alimentação Saudável”, afirma Barros. Segundo o ministro, atualmente, os pacientes com comportamento de risco, que abrange obesidade, sedentarismo, alcoolismo e tabagismo, são o grande desafio da saúde brasileira. “É preciso investir em saúde preventiva. É melhor para a população e onera menos o orçamento do Sistema Único de Saúde”, ressalta.

A portaria que define as Diretrizes para Promoção da Alimentação Adequada e Saudável, do Ministério da Saúde, abrange tanto as refeições disponibilizadas no restaurante da pasta quanto nas cantinas e as refeições dos eventos realizados pelo órgão. A maior parte da oferta deve ser de alimentos dos seguintes grupos: cereais, raízes e tubérculos, verduras e legumes, frutas, castanhas e outras oleaginosas, leite e derivados, carnes, ovos e pescados. Também fica proibida a venda, promoção, publicidade ou propaganda de alimentos industrializados ultraprocessados com excesso de açúcar, gordura e sódio e prontos para o consumo.

Com o intuito de promover e orientar a alimentação saudável em todas as instituições do país, o Ministério da Saúde criou um Guia para elaboração de refeições que vai contribuir com a melhoria da qualidade da alimentação das pessoas que prestam serviços nesses locais. Os Departamentos deverão considerar essas orientações na elaboração de termos de referência ou processo para contratação de empresas que realizam, por exemplo, coffee breaks, brunchs, coquetéis e almoços.

ERICA – O Erica, Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes, reúne dados de cerca de 75 mil estudantes de 12 a 17 anos. São alunos de 1.247 instituições públicas e privadas distribuídas em 124 municípios, todos eles com mais de 100 mil habitantes. O estudo é uma parceria do Ministério da Saúde com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O estudo apontou que a dieta dos adolescentes brasileiros é caracterizada pelo consumo de alimentos tradicionais, como arroz (82,0%) e feijão (68,0%), e ingestão elevada de bebidas açucaradas (56,0%) e alimentos ultraprocessados, como refrigerantes (45%), salgados fritos e assados (21,88%), e biscoitos doces e salgados, sendo o refrigerante o sexto alimento mais referido (45,0%). Esse padrão associa-se à elevada inadequação da ingestão de cálcio, vitaminas A e E e ao consumo excessivo de ácidos graxos saturados, açúcar livre e sódio – mais de 80% consomem sódio acima dos limites máximos recomendados (5 gramas por dia).

A prevalência do consumo de frutas foi baixa, e esse grupo de alimentos ficou entre os 20 mais consumidos somente entre os meninos de 12 a 13 anos (18,0%). O café (64,0%) ficou entre os cinco alimentos mais consumidos somente na região Norte. O feijão foi o segundo alimento mais consumido nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. A região Sul apresentou a maior prevalência de consumo de refrigerantes (51,0%). As hortaliças (54,0%) configuraram entre os cinco alimentos mais consumidos somente na região Centro-Oeste.

COMPORTAMENTO ALIMENTAR – O Erica verificou, também, que 56,6% dos adolescentes fazem refeições “sempre ou quase sempre” em frente à TV. Índice é mais elevado entre alunos de escolas públicas. Maior tempo assistindo TV foi significativamente associado ao menor consumo de frutas e verduras e maior consumo de proporções de salgadinhos, doces e bebidas e elevado teor de açúcar. Com a mesma frequência de comer assistindo televisão, 39% afirmaram consumir petiscos em frete às telas. As meninas consumiram com maior frequência ‘sempre ou quase sempre’ refeições e petiscos em frente às telas (TV, vídeo games e computadores).

Em relação à prevalência, 73,5% dos adolescentes afirmaram passar duas ou mais horas por dia em frente às telas. Hábito mais frequente entre meninos, alunos de escolas particular e do Sul. O percentual de adolescentes que “sempre ou quase sempre” assistem TV enquanto realizam as principais refeições variou de 48%, no Norte, a 62%, no Centro-Oeste.

Menos da metade (48,5%) diz que “sempre ou quase sempre” toma café da manhã. E 21,9% nunca tomam. Em relação a comer com a família, 68% informaram que “sempre ou quase sempre” fazem refeição com os pais ou responsáveis. A realização de refeições em família é um importante aspecto familiar que influencia a promoção de comportamento alimentares saudáveis na adolescência e sua manutenção na fase adulta. O ERICA identificou, ainda, que 48,2% dos adolescentes têm o hábito de ingerir cinco ou mais copos de água por dia.

PERFIL ADULTO –  A Pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL 2015) levantou que 19% dos brasileiros têm o hábito de consumir refrigerante ou suco artificial em cinco ou mais dias da semana. Quando avaliado o consumo de feijão, 64,8% dos brasileiros comem o alimento quase todos os dias ou cinco ou mais dias da semana.

Em relação ao consumo de frutas e hortaliças regularmente, 37,6% da população adulta costumam se alimentar do produto cinco ou mais dias da semana. Sendo 43,1% dentre as mulheres e 31,3% dentre os homens. Vale destacar ainda os hábitos em consumir doces e carnes com excesso de gordura (carne vermelha ou de frango com pele). Sobre o doce, 20,1% dos adultos consomem em cinco ou mais dias da semana, sendo 22,1% em mulheres e 17,6% entre os homens. Já o consumo de carnes com excesso de gordura estar presente em 31,1% dos adultos. A frequência está entre os homens 42,6%, comparado às mulheres 21,4%.

OBESIDADE E SOBREPESO- O Erica também apontou que 17,1% dos adolescentes de 12 a 17 anos estão com sobrepeso. Já 8,4% dos jovens avaliados estão obesos, sendo meninos com maior porcentagem 10,8% e meninas 7,6%.

Em relação aos adultos brasileiros, 18,9% são obesos. Em 2010, era 15%. Aumenta com a idade, chegando a 32,2% nas mulheres com 55 a 64 anos. Foi verificado ainda que 53,9% dos adultos estão acima do peso nas capitais brasileiras. É maior entre homens (57,6%) que mulheres (50,8%).

Fonte: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/principal/agencia-saude/24430-refrigerante-e-o-sexto-alimento-mais-consumido-por-adolescentes