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Parada Gay leva 3 milhões às ruas de São Paulo

3 milhões de pessoas pedindo respeito às diferenças e estado laico estiveram nas ruas de São Paulo neste domingo, 18 de Junho. A 21ª edição da Parada Gay que tinha como tema “Independente de nossas crenças, nenhuma religião é lei. Todas e todos por um estado laico”, iniciou no fim da manhã e seguiu por todo o domingo.
Seguindo o já tradicional formato de fantasias, trios elétricos e muito colorido com as diversas referências a bandeira do arco-íris, símbolo da luta LGBT. A Parada foi marcada por diversos protestos contra o preconceito, o fundamentalismo religioso e a política brasileira, inclusive com gritos de “Fora Temer”, dirigidos ao Presidente da República.

Fonte: El País Brasil

Das 3 milhões de pessoas presentes, a prefeitura de São Paulo indicou que cerca de 20% seriam turistas, que foram visitar a cidade especialmente pela Parada. Ainda, a prefeitura de João Dória (PSDB), aponta que o valor investido pelo governo municipal para a infraestrutura do evento foi de R$ 1,5 milhão. Calcula-se que o evento movimente cerca de R$ 45 milhões, principalmente com os 600 mil turistas que visitaram a capital paulista.
Com 19 trios elétricos, muitos com cantoras importantes da cena pop brasileira, como Anitta e Daniela Mercury, os shows são parte importante da Parada Gay, que prega que todo o movimento cultural, a festa em si portanto, é também um ato político em si. A Parada Gay utiliza-se da festa para mostrar à sociedade que esse grupo de pessoas, alvo de preconceitos, existe, e está ali reclamando sua posição na sociedade.
Claudia Regina, presidenta da APOGLBT de São Paulo aponta que: “Nossos principais inimigos hoje são os fundamentalistas religiosos, grupos de pessoas dentro de algumas religiões que insistem em nos condenar e retirar direitos já adquiridos. No Congresso Nacional, por exemplo, o debate sobre a criminalização da LGBTFobia é repleto de ataques de parlamentares da bancada religiosa e conservadora, muitos dos quais utilizando-se de suas imunidades parlamentares para disseminar o ódio a uma parcela da população.”
O evento, também, tenta ampliar discussões políticas e sociais, não apenas no âmbito das relações sexuais, mas também discussões sobre violência – no país que mais mata transgêneros no mundo – protestos políticos, contra o crescimento conservador e a baixíssima participação da população LGBT em cargos políticos no país e a influência religiosa nas políticas públicas, que para os LGBT, são contrárias ao grupo.

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Publicado em 19/06/2017, na categoria Sem categoria.