Certificados IV EIFI

A Coordenação do IV EIFI informa que já estão sendo encaminhados os certificados do Encontro.

Verifique sua caixa de e-mail (incluindo spam). Nos próximos dias finalizaremos o envio. Caso você não receba seu certificado até domingo, 18 de novembro, pedimos que entrem em contato com a secretaria do Encontro.

Por oportuno, informamos ainda que a data limite para a submissão dos trabalhos completos dos comunicadores é 18 de novembro, conforme orientações constantes aqui.

Normas para publicação – Trabalhos Completos

O prazo final para envio é 18 de novembro de 2018 – Somente serão publicados nos anais os trabalhos que foram apresentados.

O texto completo deve ser enviado ao e-mail do evento (ndh.ufpel@gmail.com), constando os seguintes dados: Nome Completo, Título e Simpósio Temático no qual o trabalho foi apresentado.

Formatação do trabalho completo:

O arquivo deverá ser salvo na extensão “doc” ou “docx”.

O texto não deve ter menos de cinco páginas e não deve ultrapassar dez páginas, incluindo ilustrações, tabelas e referências bibliográficas.

A autoria com o(s) nome(s) completo(s) do(s) autor(es) deve ser colocada logo abaixo do título e em nota de rodapé e, nessa ordem, deve constar a instituição de origem, titulação, agência financiadora (quando for o caso) e e-mail para contato.

O texto deve ser digitado em fonte Times New Roman 12 e espaçamento 1,5. Margens: superior 3cm, inferior 2cm, esquerda 3cm e direita 2cm.

Caso o trabalho contenha imagens estas deverão ser escaneadas em 300 dpi no formato TIF ou JPEG e colocadas no próprio texto.

Caso o texto possua tabelas estas deverão ser digitadas seguindo a formatação padrão de tabela do programa editor de texto.

O texto não deve conter tabulação, colunas ou separação de sílabas hifenizadas.

As citações de até três linhas devem constar entre aspas, no corpo do texto, com o mesmo tipo e tamanho de fonte do texto. As referências devem ser indicadas entre parênteses no formato autor-data, conforme o exemplo: (Chalhoub, 1990, p.75).

As citações a partir de quatro linhas devem ser destacadas do texto em Times New Roman 11, sem aspas, espaçamento simples, com recuo de 4cm. As referências devem estar no final da citação, entre parênteses, como no exemplo anterior (Chalhoub, 1990, p.75).

As notas devem ter caráter explicativo ou complementar e colocadas no rodapé e não no final do texto e devem ser numeradas em algarismos arábicos sequenciais (exemplo: 1, 2, 3, etc).

As referências bibliográficas deverão ser colocadas no final do texto de acordo com as regras da ABNT, dispostas em ordem alfabética por autor.

Exemplos:

Livros: SOBRENOME, Nome. Titulo do livro. Subtítulo. Tradução, se houver. Cidade: Editora, Ano.

Capítulos de livros: SOBRENOME, Nome. Título do capítulo. In: SOBRENOME, Nome. Título do livro. Subtítulo. Tradução, se houver. Cidade: Editora, Ano, número inicial e número final das páginas do capítulo.

Artigos: SOBRENOME, Nome. Título do artigo. Nome do periódico. Cidade: editora, volume, número, mês(es), ano, número inicial e número final das páginas do artigo.
Sites: Disponível em: www… Acessado em dd/mm/aaaa.

Observações: A não observância das normas acima acarretará a devolução do texto para adequação.

Para a publicação dos trabalhos completos os interessados deverão enviá-lo até o dia 18 de novembro de 2018, para o seguinte endereço: ndh.ufpel@gmail.com.

 

Afrodescendentes e Pós-Abolição são temas do último dia do EIFI

Na tarde e noite de sexta, 26 de outubro, o IV EIFI abriu espaço para tratar de um tema bastante caro às preocupações e estudos de Beatriz Loner. Com professores da UFSC, UFPR, UNISINOS e UFJF, pesquisas relacionadas a afrodescendentes na região sul do Brasil e ao país no pós-abolição proporcionaram um excelente debate e encerraram o Encontro em alto nível.

Na mesa “Afrodescendentes na Região Sul”, coube a Profa. Joseli Mendonça (UFPR) abordar o tema a partir do projeto “Afrodescendentes na Região Sul – biografias, trajetórias associativas e familiares”, o qual trata-se de um esforço conjunto entre a UFPR, UFSC e a UFPel, no qual a Profa. Beatriz, como lembrado por Joseli, teve e tem importante papel, desde a concepção até o empréstimo de sua produção como embasamento teórico.

Joseli abordou a trajetória da família Freitas Brito, na Curitiba do final do século XIX e início do século XX. A partir do patriarca, buscou mostrar estratégias sociais e econômicas no período pós-abolição, adotadas por afrodescendentes. Na pesquisa em curso foi possível verificar alguns aspectos da vida no pós 1888, para a população afrodescendente, tais como a organização associativa, a adoção da profissão do antigo senhor, a constituição e fortalecimento de laços familiares e a busca pelo letramento.

A segunda fala da tarde, sob a responsabilidade da Profa. Luana Teixeira (UFSC), fez a discussão a partir de associações afrodescendentes na região sul. Ao estudar o “Centro Cívico e Recreativo José Boiteux/Cruz e Souza“, Luana mostra características peculiares do mesmo, como uma forte aproximação com o governo estadual, de Hercílio Luz, bem como aspectos comuns a várias organizações congêneres do Sul do país, tais como, uma grande preocupação com a educação de seus sócios.

A partir de seu trabalho na constituição de um Dicionário das Associações Afrodescendentes na Região Sul, Luana identifica que das 244 associações encontradas, 221 estão no Rio Grande do Sul e, em Pelotas, mais de 40 delas, conforme demonstrado pelos estudos de Beatriz Loner.

Encerrando os trabalhos da tarde, o Prof. Paulo Moreira (UNISINOS), apresentou sua pesquisa “Agência & devoção: a irmandade (afro)católica do Rosário e São benedito (Cachoeira do Sul, RS, séc. XIX)“, abordando temas tais como educação religiosa prestada pela irmandade, socorro espiritual, assistência médica, entre outros.

Paulo ressaltou ainda o caráter construtor de identidade desempenhado pela irmandade, utilizando-se de um conceito de afro-catolicismo, defendeu que a atuação da mesma proporcionava dar “cor à crença”. Outro destaque positivo da pesquisa, lembrado por Paulo, é o fato de que uma significativa parte da documentação da irmandade, constituída no último quarto do século XIX, encontra-se disponível para estudo.

A noite, na conferência de encerramento, a Profa. Hebe Mattos (Universidade Federal de Juiz de Fora) tratou de temas relativos a necessidade de termos uma justiça reparatória para as populações afrodescendentes no Brasil. A partir da pesquisa “Passados sensíveis: escravidão, política e tempo presente na história do Brasil“, Hebe discutiu a existência de um racismo institucional no país.

Outro aspecto abordado diz respeito a uma ética do silêncio no que toca ao tráfico negreiro e a escravidão, adotada pela sociedade brasileira. Tendo como exemplo o Cais do Valongo e a Fazenda do Bracuhy, no Rio de Janeiro, a autora falou sobre lugares de quarentena e morte, sobre o “esquecimento” no que tange ao tráfico negreiro pós 1831, o verdadeiro espetáculo de horror, visto no Valongo, no que refere-se ao comércio de “pretos novos”, a escravidão como banalização do mal na sociedade brasileira, entre outros assuntos. Por fim, defendeu a tese de que há uma dívida histórica do estado brasileiro para com os povos afrodescendentes no Brasil.

Mundos do Trabalho encerram as atividades de quinta, 25, do EIFI

Coube ao Prof. Cláudio Batalha (UNICAMP) proferir a conferência da noite de ontem, 25 de outubro.

Ao abordar o tema Mundos do Trabalho, Batalha relembrou a criação do GT homônimo, inicialmente no Rio Grande do Sul, com protagonismo de Beatriz Loner, sendo adotado pela ANPUH nacional e tendo hoje, um dos GT’s mais produtivos da historiografia nacional.

Mesclando historiografia com o tempo presente, o Prof. propôs uma crítica a ideia de história como processo de progresso. Relembrando vários momentos de retrocesso na história da humanidade, vê no tempo presente, em especial nos últimos anos aqui no Brasil, um ciclo histórico em que não é possível falar-se em avanços, muito pelo contrário, nitidamente marcado pela perda de direito dos trabalhadores e pela volta de conceitos e práticas fascistas.

Por fim, o debate concluiu que os tempos vindouros serão de vigilância e atuação em prol da busca de retomada de direitos e garantias dos mesmos.

Debate sobre a obra de Beatriz Loner: Construção de classe!

Na tarde de quinta (25), ocorreu o debate sobre a obra de Beatriz Loner: Construção de classe.

Foi momento de evidenciar a importância da produção de Bia para o campo historiográfico brasileiro e platino. Os debatedores, Diorge Konrad (UFSM), Eduardo Palermo (Museo del Patrimonio – Intendencia Departamental de Rivera – UY) e Clarice Speranza (UFRGS), relembraram, muitas vezes de forma emocionada, o caráter engajado, generoso e combativo da Profa. Beatriz.

Coube a Palermo traçar um paralelo entre a produção de Bia sobre a movimentos políticos e culturais negros em Pelotas, Montevidéu e a região fronteiriça entre Brasil e Uruguai, buscando similitudes e singularidades.

Clarice e Diorge propuseram um debate em que a tese/livro de Beatriz foi o fio condutor para a discussão dos temas abrangidos na produção da autora.

Ao fim, ficou uma provocação: leia Beatriz Loner!

IV EIFI é local de importante comunicado do Reitor

Na noite de ontem, dia 25 de outubro, o Reitor da Universidade Federal de Pelotas, Prof. Pedro Rodrigues Curi Hallal, fez-se presente à conferência do Prof. Cláudio Batalha e, na oportunidade, anunciou que a Diretoria de Avaliação da CAPES informou a Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Inovação da UFPel sobre a aprovação do curso de Doutorado em História no Programa de Pós-Graduação em História.

Muito comemorado pela comunidade acadêmica presente no Encontro, a inclusão do nível Doutorado no PPGH é um sonho antigo e, como bem lembrou o Coordenador do PPGH, Prof. Edgar Gandra, a proposta enviada tem substancial contribuição das pesquisas e textos produzidos por Beatriz Ana Loner.

Para o IV EIFI e o Núcleo de Documentação História da UFPel – Profa. Beatriz Loner é bastante gratificante e sintomático que importante conquista, como esta, seja anunciada em um evento que homenageia uma docente dedicada à pesquisa e ao ensino de forma exemplar. Bia, como ressaltaram as coordenações do PPGS, PPGH (ambos da UFPel) e do PPGH da Universidade Federal de Santa Maria, foi responsável direta pela criação e consolidação destes três programas.

Esta conquista é da UFPel, do Curso de História e de Beatriz Ana Loner!

Simpósios Temáticos movimentam IV EIFI

As manhãs de quinta (25) e de hoje (sexta – 26) foram bastante movimentadas no IV EIFI. Tudo graças as 28 sessões de apresentação de trabalhos nos 16 Simpósios Temáticos.

Temas relativos a gênero, ditadura militar, idade média, história política, protagonismo negro, história social, saúde e doenças, lazer e turismo, história regional, relações internacionais,  trabalhadores e literatura, foram apresentados e debatidos ao longa dessas duas manhãs.

Também foi destaque o momento de descontração e debate livre no qual transformou-se o espaço de exposição, café e credenciamento. Entre um café e outro, o estabelecimento do diálogo e futuras parcerias foi a tônica do Encontro.

 

Começa o IV EIFI

Na noite de ontem, 24/10, teve início as atividades do IV EIFI.

O evento, que esse ano homenageia a importância da obra de Beatriz Loner para a historiografia brasileira, em especial nas áreas e escravidão e pós-abolição, história do trabalho, marxismo, mundos do trabalho e classe operária, teve na sua abertura, uma justa deferência à Bia pelo relevante papel desempenhado por ela na criação e consolidação do Núcleo de Documentação Histórica da UFPel, no Mestrado em Ciências Sociais (atualmente, Programa de Pós-Graduação em Sociologia), no Mestrado em História e no curso de bacharelado em História da UFPel.

Lembrou-se também, da atuação cidadã de Bia em movimentos sociais, políticos e culturais. O conferencista da noite, Prof. Pablo Pozzi (Universidade de Buenos Aires), salientou o caráter impresso por Beatriz em sua atuação profissional. Para ele, assim como muitos de sua geração, Bia ensinava, pesquisava e debatia história numa perspectiva de mudança social, de forma engajada.

Na sua conferência, Pozzi buscou identificar de onde vem as ideias socialistas na Argentina. Acertando que, naquele país, ser “rebelde” é visto com bons olhos pela sociedade, lembrou também que praticamente todos os políticos nacionais buscam uma identificação com a esquerda e que, apenas o atual governo nacional identificou-se, já em campanha, como de direita.

Mesclando história, cultura, literatura e uma pitada de reverência, Pablo conduziu um debate que culminou na avaliação sobre o período ditatorial argentino e a atual discussão sobre o número de mortos por aquele regime. Segundo ele, a disputa entre direita e esquerda pelo número exato de mortos não faz sentido, embora identifique a vontade das elites em fixar um número de oito mil mortos como “aceitável”. Pablo foi enfático em afirmar que não se trata de descobrir se o número é de oito ou trinta mil, pois sendo qual for, houve a morte de milhares de militantes sociais (em sua maioria trabalhadores) e que isso é inaceitável em qualquer circunstância.

Entre apresentação cultural (conduzida pelo músico João Hirdes), falas emocionadas e uma produtiva discussão sobre o tema da noite, ainda foi possível mostrar a todos presentes, em especial a família de Beatriz Loner, que sua trajetória marcou significativamente a historiografia sul-americana e todos aqueles com ela conviveram.

Ainda, durante as homenagens, a Profa. Lorena Gill, coordenadora do NDH-UFPel, fez o anúncio de que, a partir daquele momento, o Núcleo passará a se chamar Núcleo de Documentação Histórica da UFPel – Profa. Beatriz Loner.

Na abertura estavam presentes o Diretor do ICH, Prof. Sidney Vieira, o Coordenador do PPGH, Prof. Edgar Gandra, a Coordenadora do PPGS, Profa. Elaine Leite. Além destes, o PPGE também colaborou para que o Encontro fosse realizado. A reitoria, representada pelo Vice-Reitor, Prof. Luis Amaral, também se fez presente.

O Encontro prossegue na manhã de quinta, com as apresentações e debates nos Simpósios Temáticos. A tarde e noite estão previstos debates e conferência, conforme programação.

IV EIFI tem início com credenciamento

O IV Encontro Internacional Fronteiras e Identidades – Tributo a obra de Beatriz Ana Loner, iniciou na tarde de hoje, 24/10, o credenciamento de inscritos como comunicadores nos simpósios temáticos e ouvintes.

Na sala 36 do CEHUS (defronte ao Campus das Ciências Humanas e Sociais – Alberto Rosa, 154), onde ocorre o credenciamento, também está exposto o trabalho do ex-acadêmico do curso de História – Bacharelado, Vinícius Kusma, fruto do Projeto de Pesquisa “Ofícios em Extinção”.

Ainda, naquele ambiente, é possível saborear um café expresso, ofertado aos participantes do Encontro pela Comissão Organizadora, produzido aqui em Pelotas.

A ideia é que a sala seja também um ambiente de encontro e aprofundamento das discussões realizadas nos ST’s, Mesas-Redondas e conferências.