Programação

V CONGRESSO INTERNACIONAL DE FILOSOFIA MORAL E POLÍTICA
Agência, Deliberação e Motivação
06 a 09 de Novembro/2017

LOCAL: Auditório (Novo) do Centro de Artes – UFPel (Google Maps)

 06 de Novembro (Segunda– feira)
≡ Tarde
17:00 – Entrega de Material

≡ Noite
19:15 – Conferência de Abertura: Moral Environment, Intuitions and Truth.
Massimo Dell’Utri (University of Sassari)
» Moderador: Juliano do Carmo (UFPel)

Resumo: Esta conferência inicia se concentrando no que foi chamado de ambiente moral, ou seja, o clima de ideias sobre como viver, o qual determina o que achamos aceitável ou inaceitável, admirável ou desprezível, justo ou injusto, bom ou ruim. É o ambiente que molda os pensamentos e os atos que fazemos no decorrer da nossa existência cotidiana, os pensamentos e as ações que muitas vezes mostramos como reações imediatas e naturais antes de um determinado acontecimento. Essas reações, por sua vez, revelam quais são nossas pressuposições e intuições implícitas, mostrando quais declarações (de tipo ético e não ético) estamos dispostos a proferir e, portanto, consideramos verdadeiro ou falso. No decorrer desta conferência será feito um esforço, em primeiro lugar, para apontar quais são as nossas intuições pré-filosóficas fundamentais e, em segundo lugar, o que as coordenadas (coordinates) podem ser para uma compreensão correta da noção de verdade. Ao tentar mostrar tais coordenadas, uma crítica será apresentada contra a concepção deflacionária da verdade.

Title: Moral Environment, Intuitions and Truth
Summary: The talk starts focusing on what has been called the “moral environment”, i.e. the surrounding climate of ideas about how to live, that determines what we find acceptable or unacceptable, admirable or contemptible, just or unjust, good or bad. It is the environment that shapes the thoughts and deeds we make in the course of our quotidian existence, the thoughts and deeds we very often display as immediate and natural reactions before a given happening. These reactions in turn reveal what our implicit presuppositions and intuitions are, thereby showing which statements (of an ethical and non-ethical kind) we are willing to utter and therefore consider true or false. In the course of the talk an effort will be made, firstly, to point out which are the fundamental pre-philosophical intuitions of ours and, secondly, what the coordinates can be for a correct understanding of the notion of truth. In trying to display these coordinates, a criticism will be put forward against the deflationary conception of truth.

07 de Novembro (Terça – feira)
≡ Manhã
10:00 – 12:00 – Mesa-Redonda I
– Cláudio Costa (UFRN): Livre arbítrio e a solução compatibilista.

Resumo: O objetivo dessa conferência será primeiramente expor sob uma perspectiva histórica o desenvolvimento das três soluções alternativas mais usuais para o problema do livre arbítrio: o determinismo, o libertarismo e o compatibilismo. Uma vez expostas as qualidades e defeitos geralmente vistas em cada posição pretendo aprofundar a posição compatibilista, a qual me parece ser a menos problemática. Minha intenção não é defender uma das múltiplas concepções neo-compatibilistas atuais, mas tentar uma reformulação do compatibilismo clássico que permita uma melhor resposta às principais objeções. Para tal pretendo introduzir distinções entre formas de limitação do arbítrio e considerá-las dentro dentro dos diversos momentos da teoria causal da ação: o da formação de razões, o da intenção prévia, o da intenção-na-ação e o dos efeitos intencionados.

Title: Free will and the compatibilist solution.
Summary: The purpose of this conference is firstly to expose from a historical perspective the development of the three most usual alternative solutions to the problem of free will: determinism, libertarianism and compatibilism. After exposing the qualities and flaws generally seen in each position, I intend to deepen the compatibilist position, which seems to me the least problematic. It is not my intention to defend one of the multiple current neo-compatibilist conceptions, but to try to reformulate the classical compatibilism which allows a better answer to the main objections. For this I aim to introduce distinctions among forms of agency limitation and to consider them within the different moments of the causal theory of action: the formation of reasons, prior intention, intention-in-action, and intentional effect.

– Erick Calheiros de Limas (UnB): Conceito e Práxis: Hegel à luz da discussão contemporânea em torno da normatividade conceitual.
Resumo: A relação entre moralidade e eticidade foi diretiva para o desenvolvimento do pensamento de Hegel. Trata-se também de um tópico que suscitou críticas e incompreensões. Mas é interessante notar como alguns de seus elementos tem se tornado uma interessante fonte para discussões na teoria política e social, e mesmo na teoria da ação e da normatividade. Primeiramente, discuto a forma como Hegel foi paulatinamente conduzido ao programa geral de uma compatibilização entre o aristotelismo ético-político e os modos especificamente modernos de justificação de normas, conceitualmente assimilados pela tradição contratualista e pelas morais da autonomia. Espero poder ver aí a tentativa de uma ligação intrínseca entre práticas institucionais compartilhadas e modos de justificação, uma ligação através da reabilitação da dimensão objetiva da racionalidade em termos de relações de reconhecimento (1). Em seguida, gostaria de sustentar, a partir da Introdução à Filosofia do Direito, a tese de que justamente uma tal imbricação entre práticas compartilhadas e procedimentos de justificação normativa se insinua na interpretação dialética da noção de autodeterminação, constituindo assim a noção de liberdade concreta e também a ideia hegeliana sui generis de direito (Recht). Procuro mostrar como Hegel tenciona alinhavar, através de uma noção de direito que congrega a justificação de normas e a compreensão de sua efetivação prática e institucional, a percepção das decorrências éticas, sociais e políticas de compreensões práticas unilaterais (2). Em terceiro lugar, considerando os §§129-157, gostaria de retomar os principais elementos da argumentação em torno da “suspensão” da moralidade na eticidade (3). A fim de concluir a discussão, pretendo considerar o esforço de Hegel à luz de leituras recentes. A intenção é fazer ver, em termos de ontologia social e de uma teoria pragmática da normatividade, seus inspiradores potenciais (4).

12:10 – Almoço

≡ Tarde
13:30 – 17:30 – Comunicações

≡ Noite
19:15 – ConferênciaO problema da sorte moral e a punição.
Denis Silveira (Unisinos)
» Moderador: João Hobuss (UFPel)

Resumo: O objetivo central da apresentação é investigar o fenômeno de sorte moral e sua relação com o problema da justificação da punição legal. Após esclarecer o que é sorte moral e seus diferentes tipos e mostrar qual é o problema para a justificação da punição, defenderemos que a estratégia de assimetria entre censura e elogio parece resolver o problema da sorte circunstancial, causal e constitutiva, com um esclarecimento sobre a agência moral. Posteriormente, veremos que a concepção conativa de censura parece solucionar o problema da sorte resultante. Por fim, estabeleceremos que uma teoria moral mista que conecta uma ética neocontratualista com uma ética das virtudes se mostra mais consistente para enfrentar este complexo problema, a saber, em que aspectos aleatórios ao controle do agente influenciam na censura moral e legal recebida.

Title: The problem of moral luck and punishment.
Summary: The main goal of the presentation is to investigate the phenomenon of moral luck and its relation to the justification problem of legal punishment. After clarifying moral luck as well as its different types and showing what the problem for the justification of punishment is, we will argue that the asymmetry strategy between censorship and praise seems to solve the problem of circumstantial, causal and constitutive luck, with a clarification about the moral agency. Subsequently, we will see that the conative conception of censorship seems to solve the problem of the resulting luck. Finally, we will support the claim that a mixed moral theory one that connects a neocontractualist ethics with an ethics of virtues is more consistent to face this complex problem, namely, in what aspects which are random to the control of the agent influence in the moral and legal censorship received.

08 de Novembro (Quarta-feira)
≡  Manhã
08:00 – 12:00 –  Comunicações

≡  Tarde
15:00 – 17:30 – Mesa-Redonda II
– Andréa Faggion (UEL): O problema da autoridade política e uma possível solução pela via da “concepção de serviço”.

Resumo: A autoridade prática em geral constitui um desafio para o filósofo. Como poderia ser o caso de um indivíduo ser vinculado por uma decisão de outro? Qual a natureza dessa relação entre autoridade e subordinado? Poderia ela ser compatível com a racionalidade prática, ou implicaria sempre o abandono da razão por parte do subordinado? Após apresentarmos o problema geral da autoridade prática, a especificidade da autoridade política e algumas dificuldades com tentativas tradicionais de justificativa da última, abordaremos uma “concepção de serviço”, segundo a qual a autoridade política poderia ser justificada como prestadora de um serviço necessário à moralidade. Por fim, elucidaremos os pressupostos dessa concepção.

Title: The problem of political authority and a possible solution by way of “service design”.
Summary: Practical authority in general constitutes a challenge for the philosopher. How could it be the case that one individual is bound by a decision of other? What is the nature of this relation between authority and subordinate? Could it be compatible with practical rationality, or would it always imply the abandonment of reason on the part of the subordinate? After presenting the general problem of practical authority, the specificity of political authority, and some difficulties with traditional attempts to justify the latter, we will approach a “conception of service” according to which political authority could be justified as providing a necessary service to morality. Finally, we will elucidate the assumptions of this conception.

– Evandro Barbosa (UFPel): Obrigaçoes morais bipolares e a questão normativa.

Resumo: Teorias normativas, por vezes, têm dificuldade em acomodar a relação entre obrigação e normatividade de maneira adequada, desconsiderando a natureza do julgamento moral e da definição de normatividade envolvida nesta questão. O problema da obrigação e O objetivo desta discussão é distinguir o uso de obrigação moral como requerimento moral (moral requirement) e obrigação morais diretivas ou relacionais (relational or directed obligations), destacando a análise feita por S. Darwalll do que ele chama obrigações bipolares (bipolar obligations) a partir do tradição sentimentalista. Esperamos, se nossa explicação for suficiente para sustentar esta tese, que o universo normativo indica de forma distinta o que devemos uns aos outros em termos de obrigação moral.
 Title: Bipolar moral obligations and the normative question.

Summary: Normative theories sometimes struggle to accommodate the relationship between obligation and normativity in an appropriate manner, as they disregard the nature of moral judgment and the definition of normativity involved in this issue. The aim of this discussion is to distinguish the use of moral obligation as moral requirement and directives or relational moral obligations, highlighting the analysis carried out by S. Darwalll of what he names bipolar obligations (bipolar obligations) from the sentimentalist tradition. We expect, if our explanation proves to be sufficient, to support this thesis, that the normative universe indicates in a different way what we owe each other in terms of moral obligation.

17:40 – Coffee Break

≡  Noite
19:00 – Conferência: Moral Hinge Principles and Freirean Pedagogy.
Aaron Zimmerman (University of California)
» Moderador: Carlos Adriano Ferraz (UFPel)

Resumo: O que proposições morais fulcrais supostamente são? Eu estabeleço uma resposta a esta pergunta em excertos representativos de Sobre a Certeza, e concordo com aqueles que caracterizam diversos princípios morais como “proposições fulcrais” no sentido que Wittgenstein dá ao termo. Eu uso essa concepção wittgensteiniana de certeza moral para criticar a “Lei de Hume”, a qual diz que nós sempre distinguimos dever (ought) de é (is). Os princípios morais devem ser autorizados a funcionar como base comum. Afirmo que a visão de Hume sobre o julgamento moral é distorcida por sua teoria apriorística das relações, e que aqueles de nós que rejeitam esta teoria (obsoleta) deveriam aceitar as deduções de “é” para “deve”, bem como as certezas morais iminentes que tornam possíveis essas deduções. Concluo situando a crítica de Hume e a concepção de Wittgenstein de princípios fulcrais na prática da filosofia moral de forma mais geral. Para tanto, eu exploro a metodologia pedagógica articulada pelo filósofo brasileiro Paulo Freire em sua fortemente influente Pedagogia do Oprimido. Embora Freire tenha desenvolvido seus métodos de ensino durante seu trabalho com pessoas pobres de áreas rurais do Brasil nas décadas de 1960 e 1970, eu argumento que Freire atribuiu um papel à articulação e avaliação crítica de princípios morais fulcrais, e que situar essa atividade dentro de uma abordagem freireana melhoraria o ensino de filosofia moral nas universidades dos EUA hoje.
 Title: Moral Hinge Principles and Freirean Pedagogy.

Summary: What are hinge propositions supposed to be?  I ground an answer to this question in representative excerpts from On Certainty, and agree with those who characterize various moral principles as “hinge propositions” in the sense lent to that term by Wittgenstein.  I use this Wittgensteinian conception of moral certainty to critique “Hume’s Law” that we always distinguish “ought” from “is.”  Moral principles must be allowed to function as common ground.  I claim that Hume’s view of moral judgment is distorted by his a prioristic theory of relations, and that those of us who reject this (outdated) theory should accept deductions from “is” to “ought” and the imminent moral certainties that make these deductions possible.  I conclude by situating both Hume’s critique and Wittgenstein’s conception of hinge principles within the practice of moral philosophy more generally.  To this end, I explore the pedagogical methodology articulated by the Brazilian philosopher Paulo Freire in his hugely influential Pedagogy of the Oppressed.  Though Freire developed his teaching methods working with the rural poor of Brazil in the 1960s and 70s, I argue that Freire assigned a role to the articulation and critical evaluation of moral hinge principles and that situating this activity within a Freirean approach would improve the teaching of moral philosophy in US universities today.

09 de Novembro (Quinta-feira)
≡  Manhã
08:00 – 12:00 Comunicações

≡ Tarde
15:00 – 17:30 – Mesa-Redonda III
– Mitieli Seixas da Silva (UFSM): O juízo moral em Kant: agência e normatividade.

Resumo: Em seu magistral The sources of normativity, Christine Korsgaard afirma que a questão normativa surge no “calor da ação” (p. 91). Se é assim, portanto, compreender o sentido em que um juízo moral carrega normatividade envolve compreender – em alguma medida – a agência humana. Ocorre que, quando consideramos a ideia de obrigação moral em Kant parece um recurso imediato a vinculação dessa obrigação ao teste do imperativo categórico. Um modo comum de interpretar o papel do teste do imperativo categórico, contudo, consiste em desassociá-lo completamente de outros aspectos do juízo moral. Ora, mas, se a normatividade de tipo especificamente moral surge, para usar a expressão de Korsgaard, no calor da ação, então, caso ignoremos que os juízos morais são juízos que, por um lado, ocorrem na ação e, por outro, visam a ação, parece que perdemos justamente a noção específica dessa normatividade. Nesta apresentação, buscarei analisar o sentido em que podemos atribuir normatividade a nossos juízos morais tendo em vista uma compreensão que não ignore a característica de que esses juízos ocorrem como razões para ações e, portanto, que faça justiça à vinculação entre normatividade e agência. Para atingir esse objetivo, irei discutir a noção de normatividade à luz dos apontamentos de Barbara Herman acerca da prática do juízo moral.

Title: Moral judgment in Kant: agency and normativity.
Summary: In her book The sources of normativity, Christine Korsgaard argues that the normative question arises “in the heat of action” (p. 91). If this is true, then, to understand the sense in which a moral judgment has normativity involves understanding the human agency. Thus, when we consider the idea of moral obligation in Kant’s work, it seems natural to link this kind of obligation with the test of Categorical Imperative. Besides, a common interpretation of this test consists in dissociating it completely from other aspects of the moral judgment. Now, if the moral normativity arises, to stay with Korsgaard, in the heat of action, then to ignore that moral judgments are judgments which occur in the action and for an action, results in losing the specific notion of this normativity. In this presentation, I am going to analyze the sense in which we can prescribe normativity to our moral judgments from the starting point given by the understanding that these judgments are linked with human agency. To make this point, I will discuss the notion of normativity in the light of Barbara Herman’s appointments about the practice of moral judgment.

– Ricardo Navia (Udelar): Observaciones sobre el papel de la intuición en una filosofia (moderadamente) naturalizada.
Resumo: A proposta contemporânea de naturalização da epistemologia liderada por Williard Quine (1969) deixou uma ampla margem de exploração e debate sobre os métodos de uma filosofia naturalizada e a relação dos métodos de uma tal filosofia com métodos filosóficos tradicionais.  Esta discussão iniciou-se no campo epistemológico, mas tem repercussões e analogias claras no campo da filosofia moral e política. Neste contexto, o debate sobre o status e a função dos julgamentos baseados na intuição ocupar um espaço importante, especialmente no cenário dos experimentos mentais. Esta discussão está, por outro lado, ligada aos debates renovados sobre a possibilidade e relevância filosófica do conhecimento a priori. Do meu ponto de vista, no âmbito dos filósofos mais ou menos preocupados em uma abordagem naturalista, os temas em discussão fundamentam-se fundamentalmente em duas questões: 1) Em que medida os julgamentos baseados na intuição podem ser um guia útil (ou evidência primário) e, às vezes, até insubstituível a para pesquisa filosófica e 2) em que medida e de que forma uma filosofia naturalizada poderia controlar teórica e/ou empiricamente a correção de tais julgamentos. David Papineau (2009, 2011 e 2013) e Janet Levin (2004, 2013 e 2015) estão desempenhando um papel, na minha opinião, relevante nesta discussão. Nesse sentido, o objetivo da minha apresentação é rever parte deste debate e extrair algumas observações para responder às questões mencionadas. Especificamente, vou propor: 1) Algumas observações sobre a concepção de D. Papineau sobre o papel da intuição em uma epistemologia naturalizada 2) Algumas observações, em geral aprovatórias, sobre o papel e controle dos juízos intuitivos segundo o naturalismo moderado de J. Levin. Além disso, ao longo desta conferência vou tentar mostrar a possibilidade de complementá-lo com duas concepções provenientes do trabalho de H. Putnam, a saber: a ideia de uma racionalidade informal e a ideia de uma objetividade sem objetos.

Title: Some remarks on the Role of Intuitions in a (moderately) naturalized philosophy.
Summary: The contemporary proposal of naturalization of epistemology led by Williard Quine (1969) has left a wide margin of exploration and debate on the methods of a naturalized philosophy and on the relation of the methods of such a philosophy to the philosophical methods of tradition. This discussion has begun in the epistemological field but has clear repercussions or, better, analogies in the field of moral and political philosophy. In this context, the debate on the status and function of intuition-based judgments, especially in the case of mental experiments, occupies an important place. Besides, this discussion is related to the renewed debates about the possibility and philosophical relevance of a priori knowledge. From my point of view, within the field of philosophers more or less adhered to a naturalist approach, the issues under discussion lie essentially in two questions: 1) to what extent intuitive judgments can be useful guides (or primary evidence), and sometimes even irreplaceable for philosophical inquiry; and (2) to what extent and in what ways a naturalized philosophy could theoretically and / or empirically control the correctness of such judgments. In my opinion, David Papineau (2009, 2011 and 2013) and Janet Levin (2004, 2013 and 2015) have occupied a relevant place in this discussion. The purpose of my presentation is to review part of this debate and draw some observations to answer the questions mentioned. Specifically I will propose: 1) Some observations on the conception of D. Papineau about the role of intuition in a naturalized epistemology. 2) Some approval comments on the J. Levin´s moderated naturalism view about the role and control of judgments of intuition; in the course of which I will try to show the possibility of complement it with two conceptions coming from the work of H. Putnam, namely: the idea of ​​an informal rationality and the idea of ​​objectivity without objects.

17:40 – Coffee Break

≡ Noite
19:15 – Conferência de encerramento: Ética e estética na filosofia da ação de Hegel.
Marco Aurélio Werle (USP)
» Moderador: Robinson dos Santos (UFPel)

Resumo: Embora a noção de ação seja abordada de modo mais direto por Hegel nas Linhas fundamentais da filosofia do direito, a partir de seu mecanismo e modo de funcionamento mais próprio na dimensão da consciência moral, é nos Cursos de estética que encontramos uma abordagem que relaciona o agir tanto a uma situação de mundo mais ampla quanto a aspectos de ordem circunstancial e motivacional. A palestra pretende examinar como se estrutura a ação no horizonte do estado de mundo, da situação, da colisão, do pathos e do carácter enquanto momentos da determinidade do ideal do belo.

Title: Ethics and aesthetics in Hegel’s philosophy of action.
Abstract: Although the notion of action is addressed more directly by Hegel in the Elements of the Philosophy of Right, from its mechanism and operation mode more proper in the dimension of moral conscience, it is in the Aesthetic Courses that we find an approach that relates the action to a broader world situation as well as a to its circumstantial and motivational aspects. The lecture intends to examine how the action is structured in the horizon of the state of the world, the situation, the collision, the pathos and the character as moments of the determinacy of the ideal of the beautiful.