Shadow

A segunda temporada

segunda

EIXO I – A problemática de quem narra

O debate desse eixo foi calcado nas diferentes manifestações de vozes na literatura e no cinema e a sua implicação no que tange a composição da obra e, por conseguinte, a produção final da adaptação.

1º ENCONTRO (03/05/14)

Mais estranho que a ficção (FOSTER, 2006)

Mais estranho que a ficção não é uma tradução de enredo literário, porém sua inclusão na lista – e logo na abertura do projeto – é justificada pelo trabalho que faz com a inserção de uma voz narrativa em terceira pessoa. O tom humorístico que o filme traz seria praticamente impossível de ser retratado na literatura, uma vez que a recorrência desse tipo de voz narrativa implicaria, apenas, no usual narrador heterodiegético. Para se comparar essa composição fílmica com o modo de compor da literatura não é necessário se ter uma obra em específico; o que está pautada aqui é a manifestação da voz narrativa, em resposta ao narrador em terceira pessoa da literatura. Com essa perspectiva – frisando as peculiaridades de cada linguagem –, trabalhou-se as possibilidades de voz narrativa na literatura e no cinema, levando para a discussão obras (literárias e cinematográficas) que apresentam diferentes modos de narração.

2º ENCONTRO (10/05/14)

Obra escolhida por votação: Memórias póstumas (KLOTZEL, 2001)

 

EIXO II – A desconstrução dos contos de fadas

O objetivo desse eixo foi gerar o debate sobre a reciclagem ou hipertexto de obras literárias (mais precisamente, contos de fadas) presente em obras cinematográficas.

3º ENCONTRO (17/05/14)

Shrek terceiro (MILLER, 2007)

A escolha por reciclar elementos do universo fantástico literário é muito comum em adaptações cinematográficas. Em Shrek, por exemplo, vários cenários de outros universos, como o das histórias de Rapunzel, Branca de Neve, o Gato de Botas, etc, são incorporados para compor o contexto da narração. Essa mescla de histórias paralelas modificadas transforma a obra em uma espécie de bastidor das narrativas originárias. A partir dessa leitura, o debate foi concebido sobre as modificações feitas nos contos que a deram origem e o resultado (bem como as ferramentas para o processo) da transformação dessas perspectivas/leituras.

Convidada: Profa. Dra. Daniele Gallindo

4º ENCONTRO (24/05/14)

Obra definida por votação: Deu a louca na Chapeuzinho (EDWARS, 2005)

 

EIXO III – A (re)leitura de personagens

A proposta desse eixo era visualizar a criação de um personagem, baseado em um perfil já presente em uma obra literária. Dessa maneira, ao comparar visões diferentes sobre o mesmo personagem, a discussão pendeu para o debate acerca das leituras possíveis para determinado personagem e, com isso, o seu reflexo no produto final da adaptação.

5º ENCONTRO (31/05/14)

Sherlock Holmes [com a adaptação Sherlock Holmes 2 (RITCHIE, 2012)]

Sherlock Holmes é um personagem criado por Arthur Conan Doyle, presente em 60 de suas histórias. A proposta, ao trazê-lo para o debate, foi demonstrar como se dá a re(composição) de um personagem no processo de adaptação; de qual maneira se organiza a narrativa, de modo a configurar um personagem ricamente descrito em uma obra literária. Durante a discussão, salientou-se os mecanismos literários para compor o perfil psicológico de um personagem e de que maneira isso se dá no cinema, com mais especificidade utilizando-se da personagem citada. Por apresentar tantos aspectos partidários sobre leituras de Sherlock Holmes, a versão escolhida para o debate é a de Guy Ritchie, que trabalha o personagem em seu contexto original, utilizando-se das possibilidades encontradas nas leituras de Conan Doyle.

6º ENCONTRO (07/06/14)

Obra definida por votação: Constantine (LAWRENCE, 2005)

 

EIXO V – A representação de cenários históricos

7º ENCONTRO (14/06/14)

Netto e o domador de cavalos (RUAS, 2008)

A obra fílmica de Tabajara Ruas, que expande a mais conhecida Lenda do Sul, de João Simões Lopes Neto, foi a escolhida, dentre outros motivos, pela situação histórica das narrativas: Enquanto Simões publica Negrinho do Pastoreio no inicio do século XX, Ruas relê a mesma lenda um século depois. Com essa perspectiva, esse eixo tem por norteadoras questões como: a influência do contexto na criação da obra e, trazendo ao cerne da proposta, os reflexos dessa distância diacrônica na composição da obra cinematográfica adaptada.

8º ENCONTRO (21/06/14)

Obra definida por votação: Os Miseráveis (HOOPER, 2013)

 

EIXO IV – A configuração da identidade

9º ENCONTRO (05/07/14)

Deus da carnificina (POLANSKI, 2012)

 

10º ENCONTRO (19/07/14)

O primeiro mentiroso (GERVAIS; ROBINSON, 2010)